Luís Montenegro: "Queremos e vamos vencer as próximas Legislativas"

18 de dezembro de 2014
PSD

Luís Montenegro referiu-se às próximas legislativas
declarando: "Queremos e vamos vencer, renovando a maioria absoluta que
esta coligação tem no parlamento para não desperdiçarmos tudo aquilo que
fizemos até hoje", disse no Convívio de Natal do Grupo Parlamentar do PSD.

Na sua intervenção, a propósito do elogio que o
secretário-geral do PS, António Costa, fez na terça-feira à liderança de Mário
Soares no Governo do Bloco Central, o líder parlamentar do PSD referiu que,
nessa altura, o então primeiro-ministro afirmou que "a austeridade era
condição para a esperança" e considerou que a direção socialista devia
inspirar-se nisso.

Por outro lado, Luís Montenegro subscreveu a intenção
anunciada pelo primeiro-ministro de "lançar mão de todos os instrumentos
que tem disponíveis" para que a greve convocada na TAP para o final deste
mês "possa não ter um efeito tão prejudicial à vida de tanta gente",
em especial "à mobilidade do povo português, numa altura em que a família
portuguesa se reencontra".

O líder parlamentar do PSD alegou que agora "os
portugueses sentem o efeito positivo e os resultados das políticas de
transformação" aplicadas pela atual coligação e elogiou o primeiro-ministro,
Pedro Passos Coelho, considerando que tem feito os deputados sociais-democratas
sentirem-se "sempre inspirados" no seu trabalho.

Em seguida, Passos Coelho considerou que, para conquistar a
confiança dos portugueses, é preciso uma atitude humilde: "Ter a humildade
de ir ao seu encontro, de explicar as nossas ideias, de mostrar os nossos
resultados e de os confrontar com o que teria acontecido em Portugal se
porventura o caminho tivesse sido hoje, ou se outra tivesse sido a estratégia seguida
pelo Governo e pela maioria que o suporta".

No que respeita às palavras de António Costa sobre os tempos
do Bloco Central, o líder parlamentar do PSD começou por comentar:
"Ficámos a saber que o modelo de governação, ou de mobilização, ou seja lá
o que for, que o novo secretário-geral do PS vê e propugna para Portugal é
aquele que está representado na liderança do Governo do doutor Mário Soares nos
anos 80".

Esse "será seguramente um tempo muito útil para o PS
aprender e apreender" sobre o que significa governar condicionado por um
programa de resgate.

Condenando o comportamento do PS na atual legislatura, o
social-democrata mencionou que nessa altura, entre 1983 e 1985, "o
principal partido da oposição", o PSD, "decidiu ajudar Portugal,
colaborando mesmo ao nível do Governo".

Depois, referiu que "na discussão do Orçamento do
Estado, em 1984, o doutor Mário Soares dizia que a austeridade era a condição
para a esperança".

"Que esta inspiração, este olhar frequente que o PS faz
para o passado possa inspirar o PS a perceber tudo aquilo que envolve a luta
que o país e os portugueses têm de travar todos os dias para recuperar Portugal
da situação que o próprio PS nos deixou".