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Por Luís Leite Ramos
“O Ministro do Planeamento e das Infraestruturas é um dos rostos da austeridade manhosa que tomou conta do País. O seu ministério é um dos que mais corta no investimento público e mais verbas cativa nos vários organismos que tutela. Para tentar esconder esta realidade, multiplica e repete à exaustão os anúncios de obras que hão-se ser feitas, ao mesmo tempo que os atrasos e as interrupções de contratos e obras em curso ou programadas pelo Governo PSD/CDS se generalizam. E a falta de verbas para conservação e manutenção das infraestruturas rodoviárias e ferroviárias começa a ser notória em vários domínios, agravando os fundados receios sobre as garantias de segurança que o Estado deve assegurar, neste e noutros domínios, aos seus cidadãos.
A degradação dos serviços de transporte público é uma das grandes marcas deste Governo. Tudo graças à agenda ideológica de reversões posta em prática pelo Governo das esquerdas, indispensável para comprar o silêncio e a docilidade dos sindicatos, e aos cortes e às cativações cegas que se seguiram e que determinaram a redução da oferta de transportes e da qualidade dos serviços prestados. Uma fatura política e financeira pesada que os portugueses, sobretudo os que vivem nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, continuam a suportar todos os dias.
O crescimento económico verificado nos últimos meses é tributário, em grande parte, das reformas estruturais feitas pelo governo do Dr. Pedro Passos Coelho e da aposta nas exportações que os empresários portugueses continuam a fazer. Sinal de que o modelo económico propalado pelo Governo das esquerdas estava errado e que, afinal, acabaram a defender as políticas económicas que tanto contestaram e a quem atribuíam os males todos do País. Mas estas reformas não duram para sempre. Têm de ser prosseguidas e aprofundadas se queremos colocar o País na rota de um crescimento efetivo e duradouro. Ora não é isso que o Governo de António Costa está a fazer, já que se limita a empurrar os problemas com a barriga, a adiar as reformas urgentes e necessárias em setores chave da economia e a não criar um clima de confiança e de previsibilidade, nomeadamente em matéria fiscal, que atraia o investimento privado, nacional e internacional, fundamental para o desenvolvimento do País.”