Rui Rio disponível para cooperar, mas pede maior planeamento na resposta à pandemia

29 de junho de 2020
Grupo Parlamentar

Numa visita ao aterro do Sobrado, concelho de Valongo, esta segunda-feira, Rui Rio comentou a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal. Para o Presidente do PSD, “a pandemia não é mais perigosa agora do que era há três ou quatro meses” e, por isso, não vai mudar de atitude enquanto líder da oposição, ou seja, a função do PSD é “cooperar para ajudar a ultrapassar” o problema. “É dever de todos nós, a começar pelo PSD, enquanto partido da oposição, procurar cooperar e ajudar o País a ultrapassar isso. Isso não mudarei nunca. Outra coisa completamente diferente é alertar para um ou outro erro, uma ou outra insuficiência que vai acontecendo ao longo do processo no sentido de que este corra melhor”, disse.

Reconhecendo que em Lisboa e Vale do Tejo “as coisas correram mal”, Rui Rio defende que cabe ao Governo tomar decisões em função dos dados que dispõe no combate à pandemia. “O Primeiro-Ministro é que tem de avaliar isso. Aquilo que o Primeiro-Ministro precisa é que a vertente técnica, que não são propriamente os partidos, esteja capaz de propor soluções para o problema e depois, naturalmente, o Governo tem de tomar decisões em função desses dados. Se para tomar essas decisões precisar do apoio dos outros partidos no sentido de haver uma maior eficácia no combate, eu penso que o poderá fazer”, precisou.

No plano técnico, Rui Rio lamenta que Direção-Geral da Saúde não tenha “estado à altura do problema”, como aconteceu na utilização das máscaras, quando “em tempos disseram que não serviam para nada e agora são absolutamente indispensáveis”.

Sobre a situação da TAP, Rui Rio reafirma que “não vale a pena meter um euro na TAP se não houver um plano de negócios consistente para o futuro, senão significa que estamos a meter dinheiro agora e daqui por um ano estão a pedir mais e a TAP continua a ser um sorvedouro de dinheiros públicos brutal, como tem sido ao longo dos anos, antes da privatização, quando era totalmente pública, e agora que é a aquela coisa intermédia, metade pública e metade privada”. Por outro lado, assinala Rui Rio, se o Estado “mete lá dinheiro”, então o “Estado tem de tomar a responsabilidade pela gestão da empresa”.

A propósito desta visita ao aterro gerido pela empresa Recivalongo, Rui Rio diz que “o Governo tem a obrigação de encontrar soluções” para defender “a qualidade de vida das populações” que sofrem todos os dias as consequências ambientais da acumulação de resíduos no local.

Rui Rio, que ouviu os responsáveis da Associação Jornada Principal, defende que sejam criadas condições para receber os resíduos de amianto em “completa segurança”, e que constam de um projeto do Governo, e propõe respostas de atenuação na “deposição de resíduos biodegradáveis” no aterro. “Como principal partido da oposição, o PSD irá, no quadro do grupo parlamentar, pressionar para que problema se resolva, principalmente nestes aspetos de curto prazo”, referiu.