Reconversão do IP3 em autoestrada está ainda no papel, circulação é um “suplício”

12 de junho de 2020
Grupo Parlamentar

Perante a ausência de respostas às sucessivas iniciativas do PSD sobre as obras do IP3, os deputados do PSD voltam a pedir explicações ao Governo. Numa pergunta dirigida ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Carlos Peixoto, vice-Presidente do grupo parlamentar do PSD, pretende saber quando irão, por um lado, “terminar as obras de asfaltamento do IP3” e, por outro, quando “irá começar a duplicação ou reconversão em autoestrada dessa mesma via, já prometida e anunciada pelo Governo mais que uma vez”.

No dia 3 de janeiro de 2020, os deputados social-democratas dos distritos da Guarda, Viseu e Coimbra questionaram o Governo a propósito das atuais obras do IP3, sobre “quando seria esta via reconvertida em autoestrada, e se o Governo iria ou não dar continuidade às construção do IC6, até ao nó de Folhadosa, em Seia e depois à construção do denominado IC7, entre Seia e Celorico da Beira, distrito da Guarda”.

O PSD critica o Governo por não dar resposta às questões colocadas pelo “órgão de soberania Assembleia da República”. “O Governo parece tratar questões que lhe são colocadas pelos deputados e pelo com a mesma displicência com que trata os utentes do IP3 e a população da corda da Serra da Estrela”, acusam.

O cenário agrava-se de dia para dia, mais ainda quando a “alternativa a esse suplício podia ser a ferrovia, mas também aí o Governo foi complacente com a supressão de horários que tornou menos apetecível e utilitário o uso da linha da Beira Alta e maltratou mais uma vez a coesão territorial e social que a espaços se apregoando”.

O PSD insiste que “as obras de asfaltamento do IP3 arrastam-se penosamente (já se iniciaram há mais de um ano), com supressão incompreendida e muito extensa de faixas, onde nada acontece a não ser filas intermináveis e circulação a velocidades próprias de um passeio de bicicleta”.

O PSD lembra que o IP3 é uma “via estruturante para o centro do país, com um tráfego intenso de veículos pesados de mercadorias, ligeiros, e ambulâncias em emergência,”, porém, “os trabalhos ocorrem numa impressionante e indesculpável lentidão, que nem a covid-19 explica, até porque a maioria (senão a totalidade) das empresas de construção civil não reduziram a sua atividade”.

Sobre as obras do IC6 e IC7, o PSD refere que “agora que vão chegar os milhões da União Europeia, boa parte a fundo perdido, era razoável que o Governo ponderasse eleger esses projetos como prioritários e decidisse de uma vez por todas, sem ilusões ou sem uma falsa gestão de expectativas das populações, se quer ou não e se vai ou não realizar esses investimentos, tornando mais competitiva uma região que precisa de investimento público como de pão para a boca”.

O PSD pergunta:

1) Quando vão terminar as obras de asfaltamento do IP3?
2) Quando irá começar a duplicação ou reconversão em autoestrada dessa mesma via, já prometida e anunciada pelo Governo mais que uma vez?
3) O Governo vai ou não executar as obras de conclusão do IC6, até Seia, distrito da Guarda e conta ou não efetivar depois a ligação à A25, via IC7, atravessando os concelhos de Seia, Gouveia e Celorico da Beira? Em caso afirmativo, com que calendarização?