Plano de Recuperação Económica de Portugal é a “confissão do fracasso do governo”

13 de outubro de 2020
Grupo Parlamentar

Carlos Silva considera que o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030 é a “confissão do fracasso do governo”. Segundo o deputado, o executivo inscreveu neste plano tudo o que prometeu e não fez ao longo dos últimos 6 anos e centrou dois terços das verbas para o setor público. “Este é um programa rendido a uma visão política estatizante e centralista, que privilegia o investimento em serviços do Estado sem qualquer capacidade reprodutiva. Resumindo, deixou de ser uma visão estratégica para Portugal sair da crise e passou a ser um programa de recuperação e resiliência do Estado”, denunciou o parlamentar.
Na audição conjunta do Ministro da Economia e Transição Digital e do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, esta terça-feira no Parlamento, Carlos Silva afirmou que em sentido contrário o PSD considera que só se pode responder a esta crise com “uma aposta clara nas empresas” e por isso entende que “estamos perante uma oportunidade perdida”.
O deputado revelou ainda a revelou a preocupação do PSD a situação económica do país: “estamos perante uma crise absolutamente catastrófica, com uma quebra do PIB na ordem dos 16% no segundo trimestre, com um recuo na procura interna na ordem dos 12%, um acréscimo de dívida de cerca e 15 mil milhões de euros, queda abrupta no consumo das famílias, travagem a fundo nos investimentos por parte das empresas e com o nosso principal motor, o turismo, completamente destruído.” Esta realidade, insiste o social-democrata, deveria ser superada com uma aposta nas empresas e não no setor público.