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Rui Rio transmitiu, esta quarta-feira, duas preocupações ao Primeiro-Ministro, no encontro que teve a propósito do calendário e plano de retoma devido à pandemia: a lentidão e a burocracia nos apoios do Estado, alertando que o dinheiro possa chegar “mais rápido e em tempo útil às empresas”; e o pagamento das dívidas pendentes do Estado aos fornecedores, nomeadamente hospitais e institutos públicos. “Pedimos que estes pagamentos sejam feitos a um ritmo mais rápido. Em relação às dívidas são até dívidas que não pioram o défice e que têm mesmo de ser pagas”, sublinhou.
Após a reunião de cerca de duas horas, na Residência Oficial em São Bento, o Presidente do PSD afirmou esperar que o Governo possa “começar a abrir a atividade económica, mas de uma forma muito prudente e lenta”. O balanço da evolução deverá ser feito de 15 em 15 dias (4 de maio, 18 de maio e 1 de junho).
Sobre a declaração do estado de calamidade, o líder do PSD explicou que “tem de haver um substituto para a o estado de emergência”, pelo que “a declaração do estado de calamidade não traz qualquer problema, desde que seja salvaguarda a componente constitucional”. O mais importante, frisou Rui Rio, “é que o fim do estado de emergência não quer dizer que, no dia seguinte, pode toda a gente pode ir para a rua de uma forma normal”. Rui Rio espera a adesão cívica dos portugueses às recomendações das autoridades de saúde. “Ainda estamos numa situação de bastante risco, facilmente isto dispara e rapidamente perdemos a mão. (…) Os números que ouvimos ontem na reunião com os especialistas não apontam para uma melhoria fantástica. É provável que rebentem outra vez. Os números de evolução da epidemia são ainda perigosos”, referiu.
Rui Rio reafirma a vontade de “colaborar e cooperar”, mas isso não significa abdicar das convicções e das posições que o PSD entender acertadas, como acontece na questão da libertação dos reclusos. “A nossa predisposição é para colaborar e cooperar, e não é criar obstáculos, porque o País já tem obstáculos que cheguem”, disse.
Na deslocação a São Bento, o PSD fez-se representar por Rui Rio, Presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, vice-Presidente, e Ricardo Baptista Leite, vice-Presidente do grupo parlamentar do PSD.