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Aníbal Cavaco Silva acusa António Costa de perder autoridade, de “não desempenhar as competências que a Constituição lhe atribui” e de governar de forma “desastrosa”, “aos solavancos”.
“Em princípio, a atual legislatura termina em 2026. Mas, às vezes, os primeiros-ministros, em resultado de uma reflexão sobre a situação do país ou de um rebate de consciência, decidem apresentar a sua demissão e têm lugar eleições antecipadas. Foi isso que aconteceu em março de 2011”, declarou.
Na sessão de encerramento do 3.º Encontro Nacional dos Autarcas Social Democratas (ASD), em Lisboa, o ex-Primeiro-Ministro salientou que o poder socialista é “incompetente”, “mentiroso” e coloca “o país na trajetória de empobrecimento”.
“É triste e penoso verificar que Portugal caminha para a cauda da Europa. E o que respondem o Governo? Habituem-se”, lamentou.
Cavaco Silva defende que “o PSD é a única opção de voto credível para todos os eleitores que querem libertar Portugal do governo socialista e de uma oligarquia que se considera dona do Estado”.
Elogiando as qualidades do líder do PSD, Cavaco Silva referiu: “O dr. Luís Montenegro tem mais experiência política do que eu tinha quando subi a primeiro-ministro, em 1985, e está tão ou mais bem preparado do que eu estava”.
Além disso, assegura Cavaco Silva, “o PSD e a sua liderança têm vindo, e bem, a denunciar os erros, os abusos de poder, as mentiras, e a falta de ética política do Governo e falta de sentido de Estado”, “o PSD tem apresentado alternativas que permitem inverter a política económica e melhorar a vida dos portugueses”.
Numa intervenção de cerca de 40 minutos, o antigo primeiro-ministro explicou ainda que decidiu aceitar o convite dos Autarcas Social Democratas por causa da “preocupação perante a trajetória de degradação da situação política, económica e social em que o país se encontra e a pesada hipoteca sobre o futuro dos nossos jovens”.
“A minha presença, hoje, aqui é uma singela homenagem aos fundadores do PSD”, frisou, acrescentando que nutre “respeito e admiração pelo trabalho realizado pela maioria dos autarcas portugueses”.