"Temos um Governo que quer ser poder e oposição ao mesmo tempo”

4 de março de 2017
PSD

As pessoas "precisam do PSD para salvar a Democracia"

Foi na abertura do 19.º Congresso da JSD-Açores, em Ponta Delgada, que Luís Montenegro acusou o executivo da República de querer "ser Governo e oposição ao mesmo tempo".

"Nós em Portugal temos um Governo que quer ser poder e oposição ao mesmo tempo, temos um Governo que é constituído pelo Partido Socialista, que é suportado politicamente pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP e que uns dias, quando é necessário tomar as principais decisões, estão todos juntos, nos outros dias, onde é necessário mostrar algumas diferenças e circunscrever a democracia a essas diferenças, fingem que são oposição", destacou.

O líder parlamentar do PSD acusou o Partido Socialista e o Governo de "conviverem mal com aquilo que são os poderes independentes".

"Hoje o partido socialista e o Governo, o doutor António Costa e os seus acólitos Jerónimo e Catarina convivem mal com tudo aquilo que são os poderes independentes, é curioso que a democracia portuguesa esteja muitas vezes colocada neste desafio de avaliar os seus limites quando está no poder a esquerda e aqueles que tanto apregoam os princípios democráticos que devem nortear a ética politica", afirmou.

Luís Montenegro lembrou ainda que o PSD "não abdica de ser oposição", quer na Assembleia Legislativa Regional dos Açores, quer na Assembleia da República, e que, por isso, tem como primeira linha "fiscalizar e escrutinar os que exercem o poder".

Em ano de eleições autárquicas, o líder parlamentar do PSD salientou ainda que "as pessoas precisam" do seu partido para "salvar a democracia" e que é necessário "preparar o futuro" dos Açores e do país.

"Nós nos Açores merecemos e temos condições e capacidades para gerir muito mais do que as quatro câmaras que gerirmos, é pouco para ao PSD e temos de definir isso como nossa ambição. Nós merecemos construir uma alternativa política para podermos governar a Região Autónoma quando se realizarem as próximas eleições regionais e de contribuir para esclarecer motivar e mobilizar a sociedade para podermos mudar de Governo na República nas próximas eleições legislativas", destacou.

O Presidente do Grupo Parlamentar do PSD também não deixou de considerar que "estamos a viver uma situação política muito particular" acusando o país de estar "anestesiado" recordando que "2016 foi o ano do desinvestimento nos serviços públicos".