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Luís Montenegro exige que o Governo “dê tranquilidade” aos portugueses sobre a capacidade de resposta e o acesso dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde, e defende um pacto nacional para o setor, “que envolva o Governo, os partidos políticos e todos os setores de atividade [público, privado e social]”, e projete “a saúde para as próximas duas, três décadas”.
“Estamos a caminho de cumprir nove anos de Governo socialista. O estado a que chegou a Saúde tem uma responsabilidade que é óbvia e inequívoca: António Costa. Quis dar uma solução ao país que não resultou, foi um fracasso completo e desembocou no caos iminente”, afirmou.
No Palácio de Belém, após ser recebido em audiência pelo Presidente da República, esta quarta-feira, o Presidente do PSD transmitiu “a preocupação total com a forma como o Governo gerou intranquilidade nos portugueses a propósito do funcionamento do Serviço Nacional de saúde”.
“É incompreensível que seja o Governo, a sete dias do início do mês de novembro, a pré-anunciar a possibilidade de haver uma situação dramática. É completamente incompreensível que o diretor executivo do SNS venha a dar uma entrevista como se fosse ministro da Saúde e o ministro da Saúde venha dar uma entrevista como se fosse o diretor executivo do SNS. Este modelo não está a funcionar”, acrescentou.
O Presidente do PSD responsabiliza ideologicamente o PS pelo estado em que se encontra o setor, criticando “as políticas erradas do Governo”, “o capricho e a teimosia” do Executivo, que “corre sempre atrás do prejuízo”, com “remendos”, atua “em cima do joelho” e com “hipocrisia”. “Toda a gente sabe que nos centros de saúde, nos hospitais, se não fossem os prestadores de serviços externos, os tarefeiros, o caos seria muito pior”, alertou.
Luís Montenegro defende que “o setor da saúde precisa de uma diligência forte, com uma dimensão estratégica e estrutural”, através da concretização de “um pacto nacional”. “Precisamos de um sistema de saúde que dê resposta, que não deixe os utentes à porta de um hospital, que não deixe os utentes meses ou anos à espera de cirurgia ou sem médico de família”, referiu.