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O PSD lamenta que – passados três meses – o Governo ainda não tenha dado uma “explicação sólida, convincente e tranquilizadora” sobre o alegado furto de equipamento militar do paiol de Tancos. Num debate de atualidade e por iniciativa do PSD, hoje, no Parlamento, Carlos Costa Neves e Sérgio Azevedo, defenderam que o “caso Tancos” não pode ser esquecido.
“O que aconteceu em Tancos? Como e quando foi assaltada a instalação militar? O que desapareceu? Que consequências se tiram do que aconteceu? De quem é responsabilidade operacional? De quem é a responsabilidade política?”, questionou Costa Neves.
O deputado criticou a ausência de respostas e, sobretudo, a completa desorientação do ministro da Defesa em torno do caso: desautorizações e exonerações de chefias militares, declarações e entrevistas contraditórias, e desvalorização pública do equipamento furtado.
Sérgio Azevedo, por sua vez, qualifica o episódio de Tancos como “um assunto grave”. “Põe em causa a segurança do Estado, compromete Portugal no quadro internacional e merece um cabal esclarecimento das instituições militares e políticas que tutelam a Defesa Nacional e um inquestionável aclaramento ao Parlamento português”, alertou o deputado social-democrata.
Sérgio Azevedo enumerou as três dimensões que decorrem da ocorrência do furto de material bélico: as responsabilidades desencadeadas pelas autoridades judiciais; as responsabilidades encetadas pelas estruturas envolvidas, nomeadamente o Exército; e a cooperação do Ministério da Defesa Nacional com os órgãos de soberania.
No plano político, Sérgio Azevedo apontou o interesse superior dos cidadãos na matéria. “Este não é um debate para agastar o Governo, nem o ministro da Defesa em particular. Não é um debate político-partidário comum. É um debate a favor da segurança do Estado”, frisou o deputado.
Além do apuramento dos factos, o PSD considera que é fundamental que tudo seja feito para que o episódio de Tancos não se repita.