SIRESP: BE tem “posição ambígua e dissimulada. “É Governo, não é oposição”

5 de julho de 2017
PSD

Carlos Abreu Amorim denunciou a “posição ambígua e dissimulada do Bloco de Esquerda (BE)” por levar ao Parlamento uma proposta que recomenda ao Governo que proceda à denúncia do contrato respeitante ao Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP). “Veio a plenário fingir que é da oposição”, disse, considerando tratar-se de um atitude “quase patética”, uma vez que o BE “é o suporte mais fiel deste Governo”. “Os erros deste Governo são os vossos”, clarificou.

Numa altura em que os portugueses se interrogam se o sistema está à altura de defender as suas vidas e bens, o BE vem levantar uma questão ideológica da propriedade do SIRESP”, afirmou. Lembrando que “este sistema tem uma linha de paternidade bem definida”, uma vez que o contrato foi assinado por António Costa (quando ministro da Administração Interna), Carlos Abreu Amorim perguntou ao BE porque não questionou António Costa sobre o assunto nos debates quinzenais.

Considera por isso, “lamentável que existam tantas críticas” e que os bloquistas se dirijam ao Parlamento “para fingirem ser um partido da oposição”. “Os senhores são Governo”, clarificou o social-democrata. “Se acham que o SIRESP não serve, então mudem-no”, insistiu o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.

 

BE quer “discutir o acessório e não o essencial

José Silvano recordou que “é ao Estado que compete sempre garantir o funcionamento e a fiscalização” do SIRESP, para acusar o BE de “manobra dilatória” ao querer “discutir o acessório e não o essencial”. No lugar de “estar preocupado em saber o que é que falhou com este sistema de comunicação”, aquando dos incêndios em Pedrógão Grande, a prioridade dos bloquistas é, nas palavras do social-democrata, “discutir o modelo ideológico e a titularidade do SIRESP”.

Nos últimos dias, tem sido dado conta de que o SIRESP falhou durante várias horas, embora a senhora ministra tenha declarado que não houve falha total do sistema, mas sim intermitências”, lembrou o social-democrata, referindo-se também às muitas contradições que têm sido levantadas pelas entidades responsáveis. Perguntou, por isso, aos deputados do BE se “não será mais importante discutir o que falhou no funcionamento deste Sistema de Informação e o porquê desta descoordenação total entre entidades, e o que tem de ser feito para que nos futuros incêndios não aconteçam mais problemas com estas consequências trágicas, em vez de se centrarem na “discussão no modelo de aquisição desta tecnologia”.

Podemos afirmar que a primeira conclusão fundada, do não funcionamento dos meios e respetivo plano de comunicação, é retirada por um dos partidos que suportam o Governo: o BE com a apresentação deste tema, hoje”, considerou José Silvano. “O que é verdade, e objetivamente comprovado, é que o SIRESP falhou”, reforçou.