PSD DENUNCIA: Greve desmente normalidade nas Escolas

3 de fevereiro de 2017
PSD

No dia em que centenas de escolas estiveram encerradas de norte a sul do País devido à greve do pessoal não docente, o PSD apresentou um requerimento para ouvir o ministro da Educação no Parlamento.

O vice-presidente da bancada social-democrata Amadeu Albergaria exige esclarecimentos de Tiago Brandão Rodrigues sobre o acumular de constrangimentos nas escolas públicas que conduziram a esta greve e que contrariam a tese danormalidade defendida pelo governo.

Para Amadeu Albergaria, "ao contrário do que foi dito pelo senhor ministro da Educação", é falsa a tese de que o ano letivo arrancou sem problemas de maior e que está a decorrer "com total normalidade".

"O que está a acontecer esta sexta-feira, com muitas escolas encerradas pela greve dos funcionários, é o culminar de uma situação para a qual fomos alertando e que urge resolver", denunciou o deputado social-democrata. A greve estendeu-se a todos os trabalhadores não docentes, como assistentes operacionais (auxiliares), assistentes técnicos ou psicólogos, levando ao encerramento de muitas escolas.

O vice-presidente da bancada do PSD, responsável pela área da educação, acusa o governo pelo agravamento dos problemas das escolas públicas ao nível dos recursos humanos e financeiros e pelo desinvestimento na educação.

"Desde logo alertámos para a falta de funcionários nas escolas, para a falta de verbas para despesas correntes nas escolas (...) e para o desinvestimento durante 2016 a nível da manutenção e da recuperação de infraestruturas”, disse Amadeu Albergaria, acrescentando que todos "estes problemas se agravaram com o decorrer do ano letivo sem que até ao momento tenha existido da parte do ministro da Educação uma resolução ou sequer uma estratégia para a resolução efetiva de todos estes problemas".

O deputado social-democrata denunciou ainda os anúncios “repetidos várias vezes e alguns ainda nem se concretizaram”, exemplificando com o anúncio de 300 novos assistentes operacionais nas escolas.

Razões de sobra para o PSD querer ouvir as explicações que o ministro da Educação tem para dar. Algo que os deputados social-democratas esperam que aconteça o mais brevemente possível, na próxima semana ou na seguinte, tendo em conta que a audição regimental com o ministro só terá lugar em abril. Explicações tanto mais urgentes, defende o PSD, quanto o governante "tem tido uma atitude de desrespeito perante o parlamento" ao deixar sem resposta dezenas de perguntas do PSD.

"É chegada a hora de prestar esclarecimentos e dizer como pretende resolver estes constrangimentos: falta de verbas nas escolas, falta flagrante de funcionários nas escolas e falta de investimento que está a colocar as escolas numa situação de degradação física com consequências na aprendizagem e conforto dos alunos", concluiu o deputado social-democrata.