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"Só depois de vermos as propostas é que vamos tomar uma decisão", fez saber esta sexta-feira Amadeu Albergaria, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, acerca do descongelamento de carreiras dos professores, conforme tem sido reivindicado pelos sindicatos em representação dos direitos dos docentes.
O deputado social-democrata salientou ainda que cabe ao governo socialista, apoiado pelos partidos à esquerda do PS, “apresentar propostas” para resolver um problema que remonta ao governo de José Sócrates.
O primeiro-ministro comprometeu-se hoje com a contabilização dos anos em que as carreiras dos professores estiveram congeladas. António Costa disse, porém, assumir essa possibilidade “em abstrato”, não estando inscrita qualquer medida para o efeito no Orçamento do Estado de 2018.
O deputado do PSD, Duarte Marques, lembrou que esta situação não corresponde à palavra dada pelo Partido Socialista e pelo Governo de António Costa: “As pessoas estão revoltadas porque foram enganadas duas vezes – na campanha eleitoral e na semana passada. E ainda uma terceira vez, que foi no dia da manifestação, logo pela manhã e nessa véspera à noite. Mário Nogueira veio dizer que já havia acordo com o Governo, de que havia possibilidade de o fazer, e não houve nada.”
Para Duarte Marques, “o Governo e os partidos que apoiam o Governo fizeram promessas aos professores que geraram grandes expectativas” mas, “o que vamos ver é que, no OE 2018, as expectativas dos professores saem frustradas”. Duarte Marques acusou o Bloco de Esquerda de, numa atitude incoerente, dizer que defende os professores e, ainda assim, apoiar um Orçamento que não responde às legítimas expectativas dos docentes.
“Quem acha que vai repor aquilo que as pessoas perderam sem impactos financeiros não pode estar a dizer a verdade nem a ser sério para com os professores”, disse ainda Duarte Marques.
O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, tinha já recordado na passada quarta-feira que cabe ao Governo de António Costa encontrar “soluções, porque é a eles que compete governar” e “que assuma as responsabilidades de uma vez por todas e se deixe deste passa culpas constante, que chega até a ser ridículo e na política o ridículo também mata".