PSD aprecia ideia da UGT de que salário mínimo só seja debatido após as europeias

9 de abril de 2014
PSD

O Vice-Presidente e Coordenador Político do PSD afirmou esta
quarta-feira, dia 9 de abril, após uma reunião entre dirigentes do PSD e da UGT
que “a UGT tem uma intenção benigna de tentar evitar que haja um contágio do
diálogo social pelo debate político partidário que ocorrerá aquando da campanha
eleitoral".

"Isso só prova, mais uma vez, o sentido construtivo com
que a UGT se apresenta nesta matéria. Portanto, é nesta interpretação benigna
que eu enquadro e aprecio esta proposta da UGT", disse.

"Eu subscrevo todas as propostas que visem criar um
clima de confiança e, acima de tudo, um clima realista de construção do diálogo
social, e a UGT tem sido um parceiro inestimável nesse processo",
salientou.

"Confesso que, quanto mais depressa, melhor - o país
urge em ter esse consenso e esse acordo geral relativamente a matérias de
política de rendimentos e de produtividade -, mas o tempo poderá ser aquele que
a UGT apresenta, porque será um tempo porventura com menos ruído político e
mais estável para esse trabalho ser feito".

Marco António Costa descreveu como "muito
positivo" o clima de diálogo institucional com a UGT e considerou que vai
"no sentido de se poder encontrar um compromisso em concertação
social" sobre matérias como a política de rendimentos, a organização do
trabalho ou a reforma do Estado.

Instado a desenvolver a proposta que fez na quarta-feira de
que seja feita uma discussão alargada em concertação social sobre política de
rendimentos associada à produtividade, o porta-voz do PSD defendeu que "o
país precisa de ter uma nota de previsibilidade e de estabilidade relativamente
ao seu futuro".

"É preciso que os agentes políticos, os agentes sociais
em Portugal consigam construir um consenso suficientemente amplo em matéria de
política de rendimentos, quer na Administração Pública, quer no setor privado,
que esteja associada ao desempenho da nossa economia e da nossa capacidade de
gerar riqueza".

Questionado se pretende que a evolução dos salários fique
indexada à evolução da economia, respondeu que é preciso "fazer esta
discussão sem jogo marcado".