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"A reforma do Estado é um processo contínuo e
permanente que se vai concretizando num horizonte de tempo alargado,
introduzindo as melhorias e as práticas que melhor servem os cidadãos. Por
isso, não é de mais apelar novamente aos consensos entre forças políticas e aos
parceiros institucionais, única forma de levar a cabo e com sucesso este
desígnio nacional, que ultrapassa o tempo de um mero círculo eleitoral".
José Matos Correia sublinhou que a "linha de reformas
estruturais iniciada por este Governo não pode ser interrompida",
destacando o documento final sobre a reforma do Estado hoje aprovado.
"A oposição, sobretudo o PS, partido habitualmente
designado como do arco da governação e que tem responsabilidades especiais na
história da nossa democracia, agora que se inicia um novo tempo da nossa vida
coletiva, tem uma vez mais a oportunidade de demonstrar que é capaz de colocar
os interesses de Portugal e dos portugueses acima das disputas partidárias e
das querelas inúteis que objetivamente só prejudicam o país".
"O PS tem agora o dever histórico de agir na oposição
com o rigor e uma boa-fé que até agora nunca foi capaz de demonstrar".
O vice-presidente social-democrata destacou também o
Conselho de Ministros hoje realizado, considerando que o Governo demonstrou um
"profundo sentimento de Estado" ao prestar contas antes do dia de
encerramento do programa de assistência económica e financeira, a 17 de maio,
"evitando, assim, qualquer tipo de acusação de aproveitamento político da
saída do programa".
"Graças ao esforço dos portugueses fomos capaz de
cumprir o programa de assistência económico-financeiro e devolver rigor às
contas públicas e dar início a reformas estruturais em múltiplas áreas".
Três anos após o programa de assistência, "os
portugueses vão agora começar sentir a progressão progressiva dos salários e
das suas pensões, melhorando os níveis de rendimento".
No entanto, sustentou que "ainda há muito a fazer e
"prudência e ponderação vão continuar a ser a palavra-chave para o futuro
dos portugueses".
O vice-presidente do PSD apelou ainda ao PS para que realize
uma campanha eleitoral para as eleições europeias, que se realiza a 25 de maio,
"limpa sem azedumes e sem mentiras".