PSD aguarda conhecer as propostas alternativas do PS

9 de fevereiro de 2014
PSD


Anadia, 09 fev (Lusa) - Marco António Costa,
vice-presidente do PSD, disse hoje estar "ansioso" por conhecer as
propostas alternativas de António José Seguro, que acusou de pretender apenas
desfazer as reformas do governo e voltar à "bancarrota" de maio de
2011.


"Faz hoje oito dias que solicitei ao líder do PS que
apresentasse em concreto e publicamente as propostas de reforma que diz ter
para várias áreas da governação, os estudos que as sustentam e os objetivos
numéricos que pretende atingir para reduzir a despesa do Estado. Passaram oito
dias e mantém-se o silêncio absoluto", disse.

Marco António Costa, que falava à Lusa à margem do
encerramento da "Universidade da Europa" promovida pelo PSD, acusou o
Partido Socialista de ter "a atitude inaceitável de se colocar
permanentemente do lado do problema" e não da solução.


"Sabemos que foi o PS que deu origem ao problema,
porque sabemos o que nos trouxe a maio de 2011 e à situação de bancarrota que o
país viveu. A realidade dos factos é que, desde maio de 2011, o PS coloca-se
sempre como um obstáculo às soluções", criticou.


Para o dirigente do PSD, o PS o que pretende "e
ainda agora o reafirmou sobre a reforma da Justiça", é "desfazer o
que o governo tem feito e andar para trás" nas reformas.

"O projeto político que o PS até hoje apresentou é
desfazer os três anos de reformas deste governo e regressar à banca rota de
maio de 2011", acusou.


Já o PSD, o que pretende é "um país diferente, com
esperança, que acredite que é possível haver um novo tempo e que o construa
assente em bases sólidas no plano económico e social, com contas públicas
saudáveis e uma organização financeira do Estado bem estruturada".


Esse projeto político, descreveu, passa no plano
económico pela aposta que o governo está a fazer nos setores da economia
clássica, como são a agricultura e a indústria, "com um plano de fomento
da reindustrialização do país que o governo tem seguido".

Passa ainda "por olhar para uma nova economia que se
afirma", aproveitando os instrumentos financeiros do novo quadro
comunitário, designadamente "a economia do conhecimento, através de
investigação aplicada com utilidade prática para as empresas", uma
economia verde "que valorize o património natural do país e que seja
geradora de empregos", e ainda pela economia social "que tem sido
fundamental para o país e que poderá reforçar o seu papel".

A "Universidade da Europa" que decorreu na
Curia, consistiu numa ação de formação sobre política europeia, frequentada por
70 jovens, numa iniciativa conjunta do Grupo Europeu do PSD (grupo parlamentar
do PSD no Parlamento Europeu), do PSD (Partido Social Democrata), da JSD
(Juventude Social Democrata), do Instituto Francisco Sá Carneiro e do PPE
(Partido Popular Europeu).