Presidente do PSD critica reversões no setor das águas

23 de maio de 2016
PSD

O Presidente do PSD criticou hoje, em Bragança, a decisão do Governo socialista de interromper o processo de fusão das empresas das águas, pois esta decisão vai comprometer a sustentabilidade do setor.

Pedro Passos Coelho visitou a Estação de Tratamento de Águas por onde passa o abastecimento à população da cidade. O equipamento faz parte da polémica da fusão das empresas, cuja reversão foi hoje criticada.

O Vice-Presidente  Jorge Moreira da Silva, que conduziu a reforma, acompanha o líder do PSD nesta visita e explicou que além das cinco empresas que resultaram da fusão anterior, o Governo PS quer criar mais seis, num total de onze. Para o Presidente do PSD, “a reversão deste processo de reforma tornará mais difícil que no conjunto do país, a empresa Águas de Portugal tenha a devida sustentabilidade financeira, dado que há, não apenas pelo passado um passivo, mas, sobretudo para futuro há uma escala de novos investimentos que ganharia em ser avaliada de acordo com a consolidação que estava em curso e que agora foi prometido ser interrompida”.

Pedro Passos Coelho defendeu que a reforma do anterior Governo PSD/CDS-PP “permitia tornar acessível o abastecimento de água a custos mais compatíveis e mais equitativos no interior do país, onde os investimentos se multiplicam, tornam-se mais caros e servem muito menos habitantes, o que significa que por habitante o custo destes investimentos é muito mais elevado do que no litoral”.

A agregação de todas estas empresas permitia “o funcionamento que tornava mais acessível o custo da água por habitante no interior do país”. “Por outro lado, dava também mais sustentabilidade e rentabilidade a todos os investimentos que ganhariam uma escala muito maior até porque estes investimentos são muitos pesados, sobretudo em alta”, afirmou.

Pedro Passos Coelho lembrou que estes equipamentos “precisam de investimentos de manutenção e de substituição ao longo dos anos” e a agregação “dá outra massa critica, outra escala aos próprios investimentos”.