Pensões: Pedro Passos Coelho não percebe acusação sobre revisão constitucional

21 de setembro de 2015
PSD

O presidente do PSD afirmou hoje não perceber a resposta do secretário-geral do PS sobre a Segurança Social e disse desconhecer do que fala António Costa quando o acusa de querer rever a Constituição para cortar pensões.

"Veio dizer: não estou disponível para fazer nenhum acordo na Segurança Social para cortar 600 milhões nas pensões, porque o que o doutor Passos Coelho quer é uma revisão constitucional para cortar nas pensões".

"Perceberam alguma coisa da resposta? Eu também não. Não sei do que é que ele está a falar".

Segundo o presidente do PSD, "António Costa veio procurar responder" às questões que lhe têm colocado sobre a Segurança Social, "e quebrou o silêncio para simular uma resposta, mas não respondeu".

Remetendo propostas em concreto para a concertação social, Passos Coelho tem desafiado o secretário-geral do PS para fazer uma reforma conjunta da Segurança Social, e tem insistido para que António Costa esclareça as suas contas e as suas medidas para este setor.

Hoje, em Beja, defendeu que a reforma da Segurança Social é "a reforma das reformas" e é necessária para "garantir, não apenas aos atuais pensionistas, mas aos futuros pensionistas, que o princípio da confiança se há de manter".

Passos Coelho considerou que é preciso ir além do que se fez no passado: "Não precisamos de meias reformas como aquelas que já foram feitas, que no fundo o que fizeram foi dividir o bolo por mais gente e, portanto, ir limitando as pensões e o valor das pensões para futuro, mas de uma reforma que dê confiança a cada um que recebe a sua pensão e àquele que hoje está a descontar, para exatamente saber qual é a pensão que vai receber no futuro".

O presidente do PSD e primeiro-ministro referiu que o seu objetivo era fazer esta reforma com o PS antes das legislativas de 04 de outubro, porque em campanha eleitoral "há muita gente que não resiste à demagogia, a utilizar a insegurança, o medo junto, em particular, dos mais idosos para ganhar votos", mas que isso foi rejeitado pelos socialistas.

Depois, voltou a pedir ao PS que concretize como é que pensa fazer poupanças com as prestações sociais não contributivas e onde é que vai buscar 1.660 milhões de euros com o congelamento de pensões, que não as mínimas, se atualmente essas pensões já estão congeladas: "Qual é a poupança? A poupança vem de onde? O que são estes 1.660 milhões? Como não há poupança nenhuma, este silêncio ensurdecedor do líder do PS não se compreende".