Paulo Rangel desafia líder do partido da oposição a reconhecer erros dos governos socialistas

13 de abril de 2014
PSD

Paulo Rangel, cabeça de lista da Aliança Portugal (PSD/CDS-PP)
às eleições europeias de 25 de maio, desafiou hoje o PS a reconhecer os erros
políticos dos governos de António Guterres e José Sócrates, que levaram
Portugal "à bancarrota".

"Estará o PS disponível para se comprometer a mudar de
caminho, inverter as suas políticas e a deixar de falar em investimentos que
criam mais dívida, mais endividamento e nos conduziram à bancarrota",
questionou o candidato social-democrata.

Paulo Rangel, que falava na Curia, na apresentação oficial
da lista de candidatos da Aliança Portugal, disse que os socialistas têm de
dizer "se querem mudar as políticas do passado ou se o sinal que nos dão
com a sua lista, com dois ministros de António Guterres, com dois governantes
de ponta de José Sócrates e um líder parlamentar de Sócrates e Guterres como
cabeça de lista, significa que querem de novo regressar ao passado, à espiral
da dívida, da bancarrota e do despesismo".

Procurando marcar a diferença com os anteriores governos
socialistas, o cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP salientou que Portugal
"recomeçou a exportar fortemente, que tem um excedente comercial que é o
primeiro dos últimos 70 anos, um excedente externo que já não se via desde
1993, e que vê a sua taxa de crescimento a subir sistematicamente, as taxas de
juros a baixar sustentadamente nos mercados internacionais e o desemprego a
cair mês a mês".

"O país está a recuperar, em retoma, não quer regressar
ao passado, e por isso temos de levar uma mensagem de esperança, mostrando que
depois de três anos de muito esforço e de grande sacrifício, somos capazes de
pôr Portugal na rota do crescimento, da criação de emprego, da competitividade
e do combate à exclusão social", sublinhou.

Na sua intervenção, de 13 minutos, Paulo Rangel exortou
ainda o líder do PS, António José Seguro, a explicar como é que defende a
mutualização da dívida como única medida para resolver o problema da crise
europeia e de Portugal, quando o candidato socialista à presidência do
Parlamento Europeu, Martin Schulz, a considera "inviável neste momento".

O candidato da Aliança Portugal referiu que as propostas da
coligação assentam em "projetos e políticas voltadas para o crescimento,
criação de emprego e coesão social", assumindo quatro prioridades em
termos europeus.

A primeira passa pela criação do mercado único digital, que
se poderá traduzir num ganho de 260 mil milhões de euros para a Europa,
enquanto a segunda área prevê completar o mercado único clássico de bens e
serviços, "que ainda está muito fragmentado".

Segundo o candidato, o pacote de medidas em que a coligação
aposta “permitem ganhar também, numa visão prudente, cerca 233 mil milhões de
euros, que significa a criação de mais 2,5 milhões de postos de trabalho nos
próximos sete a 10 anos" em termos europeus.

Em terceiro lugar, Paulo Rangel aposta numa parceria
transatlântica com os Estados Unidos da América, para o comércio e
investimento, que "dará ganhos à economia europeia de mais de 100 mil
milhões de euros", e passará Portugal, em termos geopolíticos e geoeconómicos,
"da periferia europeia para o centro das relações económicas e comercias
entre a Europa e os Estados Unidos".

Por último, falou da proposta de integrar "ainda
mais" os mercados de energia e assegurar, em particular, o reforço da
conexão da península ibérica ao resto do continente europeu.

"Isto é crucial para a área energética em Portugal, é
fundamental para contrariar a dependência a energética da Europa e pode valer
meio por cento do PIB europeu", frisou.