Paulo Rangel alerta para "consequências terríveis" de referendo ao tratado orçamental

11 de abril de 2014
PSD

Em reacção às declarações da eurodeputada do BE, Marisa
Matias, o eurodeputado do PSD negou ontem que tivesse considerado viável a
realização de um referendo sobre o tratado orçamental.

"Recebi hoje um telefonema da eurodeputada Marisa
Matias dizendo que tinha sido mal interpretada e pedindo desculpas por essa
notícia ser inexacta. Eu não disse isso. Eu, aliás, até disse que havia dúvidas
sobre a constitucionalidade do referendo ao tratado, o que é quase o
contrário", disse.  

"Mas não interessa apenas essa questão. Interessa
também dizer que um referendo desses, para além de ter implicações terríveis
para os portugueses, podendo ditar até a nossa saída do euro, se tivesse um
resultado afirmativo, daria uma imagem negativa, com efeitos muito duros sobre
a própria economia e credibilidade do País", afirmou.

"A organização de um referendo é uma coisa bastante
séria, que não deve ser feita a propósito de qualquer assunto, principalmente
sobre um assunto em que 2/3 dos deputados no parlamento estão de acordo".

Ontem, durante um jantar-conferência sobre "Os desafios
da União Europeia", organizado pelo PSD/Almada, voltou a fazer duras
críticas aos socialistas. "A uns, diz que quer perdão de dívida, a outros
diz que não quer. O PS quer dançar consoante o eleitorado. É uma atitude
claramente eleitoralista, ambígua, hesitante, na linha do que António José
Seguro nos tem dado".

"O PS tem de explicar se quer regressar ao período de
Sócrates, e a todos os gastos que nos conduziram à bancarrota, ou se está
disposto a emendar a mão, a arrepiar caminho e a entrar num caminho de
responsabilidade, que permita a sustentabilidade das finanças portuguesas e um
crescimento ainda maior do que aquele que já se está a verificar”.