«Oposição quer um governo extremista para Portugal»

26 de setembro de 2015
PSD

O presidente do PSD acusou hoje o secretário-geral socialista de preparar uma aliança com PCP e BE, para impedir que um executivo da coligação tome posse e tentar governar "contra a vontade dos portugueses" num "governo extremista".

"O que nós temos é uma promessa do atual líder do PS que diz aos portugueses: se escolherem a coligação podem ter a certeza que me aliarei aos comunistas e aos bloquistas, não apenas para que esse governo não tome posse e não governe, mas sobretudo que um governo extremista, da esquerda mais radical que existe em Portugal, possa, contra a vontade dos portugueses, procurar governar o país", afirmou Pedro Passos Coelho.

O também primeiro-ministro defendeu que esta não é uma "visão artificial" mas sustentada na "assunção política" do líder do PS quando diz que votará contra um Orçamento da coligação mas também que irá "derrubar um programa desse governo", sendo que este último cenário foi noticiado pelo semanário Expresso mas não foi afirmado por António Costa.

Passos Coelho começou por falar da vitória eleitoral através da qual o seu "colega" Alexis Tsipras "conseguiu apoio nos gregos para recusar o radicalismo que antes existia dentro do seu próprio partido" protagonizado pelo ex-ministro das Finanças Varoufakis.

"Tive a oportunidade, no último Conselho Europeu, de felicitar o meu colega Tsipras, da Grécia, pelo resultado nas eleições e de lhe desejar, com sinceridade, toda a sorte do mundo, porque os gregos merecem da nossa parte toda a solidariedade e toda a ajuda que lhes possamos dar, mas merecem também ter um Governo que possa cumprir um programa que tire a Grécia da situação em que está, como nós tivemos um Governo que nos tirou da situação que nós herdámos", declarou.

"Reparem bem que até na Grécia o meu colega Alexis Tsipras conseguiu apoio nos gregos para recusar o radicalismo que antes existia dentro do seu próprio partido. Por isso, eu posso dizer outra vez, quem ganhou as eleições na Grécia desta vez não é exatamente a mesma formação partidária que ganhou as eleições em janeiro deste ano", acrescentou.

De acordo com Passos Coelho, "se o radicalismo tivesse imperado na Grécia" através de Varoufakis a tentar "deitar abaixo o Governo que haveria de cumprir o memorando de entendimento na Grécia, seguramente haveria muito menos esperança que há com o Governo que ganhou as eleições para cumprir o programa que negociou".