“Offshores”: Costa deve retratar-se de “acusações infundadas”

29 de junho de 2017
PSD

 

O primeiro-ministro fez “acusações infundadas” ao anterior secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, e que são agora completamente refutadas por uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF).

António Leitão Amaro, deputado do PSD, recorre à auditoria feita pela IGF, que desmente, “ponto por ponto, as graves insinuações que o primeiro-ministro António Costa fez, procurando acusar o anterior governo de terem deixado fugir dinheiro para territórios ‘offshore’".

No relatório ontem publicado, a IGF conclui ser "extremamente improvável" que a "alteração do comportamento da aplicação a partir de 2013 tenha resultado de uma intervenção humana deliberada".

António Leitão Amaro destaca que a auditoria “confirma, aliás, que o que aconteceu foi uma falha informática, sem existir qualquer evidência de intervenção humana”.

"O Governo foi muito rápido a fazer insinuações graves, agora cabalmente desmentidas, e a pergunta é: por que é que está a demorar tanto tempo a reconhecer que essas insinuações eram erradas e que aquilo de que procuraram acusar o anterior secretário de Estado e Governo não era verdade?", questionou.

Por esse motivo, o PSD exige que o primeiro-ministro se “retrate” e “peça desculpa” pelas acusações falsas e lesivas do bom nome do anterior secretário de Estado.

 

Governo tomou decisão ilegal

No que diz respeito à retirada de três territórios da lista de paraísos fiscais, sem cumprir os critérios determinados na lei, o PSD entende que o Governo fez um autêntico "apagão fiscal".

A supressão de Jersey, ilha de Man e Uruguai da lista de territórios com tributação mais favorável foi "uma decisão política ilegal”. “Foi um apagão decidido pelo Governo das esquerdas”, disse António Leitão Amaro.