«Não podemos ter menos condições políticas do que tivemos nestes quatro anos»

29 de setembro de 2015
PSD

O presidente dos sociais-democratas considerou que a coligação PSD/CDS-PP se apresenta "de cabeça levantada" depois de quatro anos a governar num quadro de exceção em que todas as instituições democráticas funcionaram em equilíbrio de poderes.

"A nossa democracia funcionou, num quadro de exceção", afirmou Passos Coelho, voltando a defender que "não tem nada de mal" os portugueses votarem na coligação PSD/CDS-PP, optando por "aquilo que deu certo".

Continuando sem usar a expressão "absoluta", o presidente do PSD e primeiro-ministro pediu novamente aos eleitores uma maioria no parlamento: "Não podemos ter menos condições políticas do que tivemos nestes quatro anos".

Nesta intervenção, Passos Coelho nomeou como dois grandes objetivos para a próxima legislatura o combate às desigualdades, feito "em parceria" com as instituições particulares de solidariedade social (IPSS), e a promoção da natalidade.

"Mas há um outro objetivo nacional importante: levar mais longe a reforma do Estado, centrada no combate à burocracia".

A presença de bandeiras de Portugal nas ações de campanha da coligação Portugal à Frente tem aumentado, e neste jantar em Leiria tocou pela primeira vez o hino nacional.

O presidente do PSD retomou o tema do funcionamento da democracia e do equilíbrio de poderes.

"Podemos fechar bem o balanço destes anos dizendo que a sociedade democrática portuguesa foi posta bem à prova como talvez em nenhuma outra circunstância em 41 anos de democracia, e mostrou que os seus alicerces democráticos eram realmente sólidos".

"Conseguimos, no quadro do equilíbrio de poderes que a Constituição prevê, que todas as instituições respondessem às solicitações e aos pronunciamentos que foram chamadas a fazer".

Segundo o presidente do PSD, "não há dúvida" de que cada um dos órgãos de soberania funcionou. "Ninguém questiona a legitimidade das decisões que foram tomadas. Ninguém veio invocar a falta de funcionamento normal das nossas instituições. Ninguém veio dizer que o parlamento não fiscalizou".

"Ninguém veio dizer que os cidadãos, no debate sempre intenso que a austeridade suscitou, não puderam manifestar as suas queixas, as suas apreensões, as suas opiniões. Ninguém veio dizer que foi reprimida ou influenciada a liberdade de expressão, ou sequer a cobertura, a mediatização que essa expressão democrática envolve. Não há dúvida, todos exercemos as nossas competências num equilíbrio que resultou não apenas num exercício de maturidade democrática, mas que teve ainda espaço, acima de tudo, para que a conflitualidade social se mantivesse sempre dentro daquilo que é o respeito das regras democráticas".

O presidente do PSD concluiu que a democracia funcionou "em emergência económica e financeira", e que isso permitiu à coligação PSD/CDS-PP "dar hoje aos portugueses, com este equilíbrio, a resposta que os portugueses exigiam".

Dirigindo-se à secretária de Estado da Igualdade e cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP por Leiria, presente neste jantar comício, Passos Coelho concluiu: "E é por isso, Teresa Morais, que nós hoje podemos apresentar-nos ao país com as costas direitas e de cabeça bem levantada".