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No primeiro dia do debate sobre o programa do Governo, no Parlamento, em 30 de outubro de 2019, Rui Rio questionava o Primeiro-Ministro sobre “a despromoção” e a permanência do ministro das Finanças no Governo: “O senhor Primeiro-Ministro pode dizer perante esta Câmara que o senhor ministro Mário Centeno não vai sair do Governo durante o próximo ano, designadamente quando terminar a presidência do Eurogrupo e, ao mesmo tempo, terminar o mandato de governador do Banco de Portugal. Pode afirmar, aqui, que o ministro Mário Centeno está de pedra e cal e não é um ministro a prazo?”
Há um mês, Rui Rio antecipara também as consequências políticas provocadas pela transferência de 850 milhões de euros do Fundo de Resolução para o Novo Banco, quando o ministro das Finanças reconhecera que não informara previamente o Primeiro-Ministro da autorização do empréstimo.
No dia 14 de maio, em declarações à imprensa, no Parlamento, Rui Rio afirmava: “É manifesto que o senhor ministro das Finanças não tem condições para continuar neste cargo”.
Na véspera, através do Twitter, em 13 de maio, o Presidente do PSD concluía que Mário Centeno se encontrava numa posição fragilizada. “Mal vai um Primeiro-Ministro que mantém um ministro que não lhe foi leal, que tem a crítica pública do Presidente da República, que a bancada do PS não defendeu e que diz ser irresponsável fazer o que o Primeiro-Ministro anunciou”, publicava o líder do PSD na sua conta oficial no Twitter.
Um mês depois da autorização de dinheiros públicos para o Novo Banco, Mário Centeno apresenta a exoneração como ministro de Estado e das Finanças do XXII Governo.