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Joaquim Sarmento, em entrevista ao semanário “O Jornal Económico”, acusa o PS de apresentar um programa que “parece uma espécie de albergue espanhol, confuso e sem qualquer tipo de enquadramento económico e orçamental”.
O porta-voz para as Finanças Públicas do Conselho Estratégico Nacional sintetiza desta forma a linha central que o PSD defende para o País: “crescer, aumentar o crescimento potencial, que está limitado a 1,5% a 2%, precisa de investimento, de capacidade exportadora, e só esse crescimento é que poderá depois permitir contas públicas estruturalmente equilibradas, uma redução da carga fiscal e uma melhoria dos serviços públicos”.
O mandatário nacional do PSD para as eleições legislativas reafirma que “há condições para baixar impostos e para poder investir mais”. “A concretização do cenário macroeconómico, e nós entendemos que as medidas que tomaremos nos primeiros dois anos terão impacto no final da legislatura e permitir um crescimento maior, essa é a primeira condição. A segunda é sermos capazes de controlar a despesa corrente primária, para só crescer 2% ao ano, o que é ligeiramente acima da inflação, que se prevê a 1,5%. A segunda depende muito de nós, a primeira depende menos de nós”, apontou.
Joaquim Sarmento explica como foi elaborado o quadro macroeconómico do PSD. “Pegámos no cenário de políticas invariantes do Conselho de Finanças Públicas, modelámos as nossas medidas do ponto de vista económico, para ver qual seria o impacto no investimento e nas exportações. Portanto, temos, de facto, no nosso cenário macro um crescimento económico, do ponto de vista real, ligeiramente superior ao que está no Programa de Estabilidade”, declara.
Esta sexta-feira Joaquim Sarmento, conjuntamente com David Justino e Rui Rio, estará na apresentação do programa eleitoral do PSD para as eleições legislativas na Alfândega do Porto.