IRS: “Habilidadezinha” e demagogia com os impostos

18 de setembro de 2017
PSD

 

Em Chaves, o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, lembrou a “habilidadezinha de comunicação” do ministro das Finanças que ao referir-se à eliminação da sobretaxa, criou falsas expectativas em relação ao alívio da carga fiscal. Alertou para as “narrativas muito mentirosas” e lembrou o alívio fiscal decidido em 2015 – 450 milhões de euros – no aumento dos reembolsos de 2016. De sexta-feira a domingo, o Presidente do PSD visitou concelhos de três distritos e criticou o facto de só agora o atual Executivo querer refrear “euforias

 

O PSD preparou bem estas eleições e espera que os seus candidatos possam ser reconhecidos”, afirmou esta segunda-feira Pedro Passos Coelho, em Chaves, cujas termas “são procuradas por muita gente e têm, realmente, um valor indiscutível”.

Acompanhado pelo candidato ao município, António Cabeleira, garantiu que o seu propósito enquanto líder do PSD “é poder incentivar todos [os candidatos] a fazerem uma boa campanha”, assim como levar a mensagem social-democrata “a cada um dos eleitores”. Por isso, explicou que o objetivo é “estar com o maior número possível de candidatos”.

Não somos defensores de uma carga fiscal elevada, antes pelo contrário”, esclareceu o Presidente do PSD, acrescentando que “o que é preciso é que os impostos possam ir a par com as despesas que o Estado tem”. Lembrou quando, em 2015, o seu governo pôs em prática “um alívio fiscal destinado às famílias e que representou quase 450 milhões de euros”. “Parece que o Governo agora quer produzir um alívio de cerca de 200 milhões de euros, não me parece que seja extraordinário, mas é bem-vindo”, considerou, salientando ser “dispensável que se esteja a criar mais uma categoria, mais um escalão”, mas que “era bom que se usassem os escalões que existem para baixar a taxa do imposto”.

Governo orienta “a sua comunicação de forma poderosamente demagógica”

Sobre a presença de Mário Centeno na RTP, Pedro Passos Coelho referiu que o ministro das Finanças “conseguiu dar a entender que ia haver novidades quando, de facto, não há nenhuma”, pois o País já espera que em 2018 não haja sobretaxa de IRS. “A sobretaxa extingue-se, isso já estava prometido, não é nada de novo”, salientou. Tratou-se de “uma habilidadezinha de comunicação”, disse, logo depois de ter criticado a posição interveniente do atual Executivo quando, em véspera de eleições, “pode estar a induzir as pessoas em erro”. “Temos de ter muito cuidado com as pessoas que fazem este tipo de comunicação, porque não há dúvida de que orientam a sua comunicação de forma poderosamente demagógica”, alertou, acrescentando ser necessária “uma desconstrução destas matérias”.

Pedro Passos Coelho alertou, ainda, que “quando os governos têm narrativas que são muito mentirosas sempre acabam por vir ao de cima e por se perceber que a conversa casa pouco com a realidade”. Assim, para que possa ser feita a normalização da função fiscal e o alívio dos impostos, importa que “o Estado vá fazendo a revisão da despesa”. Contudo, é algo que não tem sido feito, apesar de ter sido constituído um grupo de trabalho cujas conclusões não foram ainda reveladas. “Já as pedimos e o Governo, com imensa sobranceria, não responde”, denuncia.

 

PSD: “partido de profundo enraizamento autárquico

O PSD é “um partido realista que olha as coisas como elas são”, destacou o líder social-democrata, explicando que é também um “partido de profundo enraizamento autárquico”, “popular” e, por isso, “próximo das pessoas”. “Fomos sempre um partido de profunda preocupação social”, afirmou ainda, referindo que “para nós o princípio da igualdade é que as pessoas possam, todas elas, aspirar a ter uma vida condigna em função das escolhas que fazem”. Cabe, portanto, ao Estado Central “promover a igualdade de oportunidades” em função das especificidades.

 

 

De sexta a domingo | Do distrito de Lisboa, ao de Viseu e Bragança


  • Vila Flor

O primeiro passo é acreditar, esse é o lema”, referiu este domingo o candidato à Câmara Municipal de Vila Flor, Pedro Lima, que recebeu, este domingo Pedro Passos Coelho no município.

Segundo destacou o líder social-democrata, o Governo esforça-se por contar uma “história nova” que esconde as irresponsabilidades que, no passado, conduziram o País à bancarrota. Criticou, também, o facto de quem governa ter como primeira preocupação “falar mal” de quem os antecedeu e de, apenas em véspera de orçamento para o próximo ano, admitirem “que é preciso arrefecer os ânimos” e “que não pode haver euforias”.

 


  • Torre de Moncorvo

Nuno Gonçalves recandidata-se à Câmara Municipal de Torre de Moncorvo. “Estamos unidos pelo concelho”, confirma, justificando a existência de “um projeto amplo” e afirmando ter a “certeza de que esta é a melhor equipa para conduzir o futuro de Moncorvo”.

Pedro Passos Coelho esteve com o candidato este domingo e, referindo-se ao atual Governo, constatou que a narrativa deste está a colapsar perante a realidade. Por isso, desafiou o ministro das Finanças e esclarecer quem é que duplicou a dívida pública.

 


  • Viseu

Viseu precisa de consolidar o trabalho feito e de infraestruturas para captar investimento”, afirmou o recandidato à Câmara Municipal de Viseu, António Almeida Henriques, que apelou ainda a um “esforço de investimento do Estado Central”.

Sobre o atual chefe de Governo, Pedro Passos Coelho declarou, no município viseense, que António Costa revela uma “mesquinhez” sem paralelo e denunciou que a Geringonça atrasou o País, em vez de o ter adiantado. Deu como exemplo o facto de as taxas de juro a dez anos, no dia em que a agência Standard & Poor’s anunciou a melhoria de rating do País, serem mais altas do que quando o líder social-democrata.

 


Nelas


Nelas “precisa de uma gestão mais transparente, mais próxima do cidadão e que olhe para os problemas das pessoas e os resolva, e não de uma gestão de promoção pessoal e de vaidade, porque disso já estamos fartos”, assegurou a candidata à câmara municipal Isaura Pedro, no sábado, ao receber Pedro Passos Coelho no Município.

 


  • Penalva do Castelo

De acordo com o candidato à Câmara Municipal de Penalva, o município “necessita de reestruturar toda a economia concelhia que, nos últimos anos, tem estado muito em baixo”. Pretende, por isso, apostar na promoção turística do concelho visitado, este sábado, por Pedro Passos Coelho.

 


Mafra


Os mafrenses têm sabido entender aquilo que é a dinâmica de crescimento” do município, destacou Hélder Sousa Silva que se recandidata a Mafra. “É um concelho para viver, trabalhar e visitar”, destacou.

Pedro Passos Coelho destacou, na sexta-feira em Mafra, que a decisão da agência de rating Standard & Poor’s, de retirar Portugal do nível “lixo”, é uma “excelente notícia”. “Há muito que estávamos à espera de poder ver reconhecido pela agência de rating o caminho que o País vem fazendo pelo menos desde 2014”, acrescentou, salientando que “somos orgulhosamente reconhecedores deste rating, porque trabalhámos muito para que tivesse acontecido, sem tirar mérito ao Governo”.