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“Em véspera de orçamento vêm dizer que é preciso arrefecer os ânimos, que não pode haver euforias”, criticou o líder do PSD
Membros do Governo têm como primeira preocupação falar mal de quem os antecedeu
“Não é preciso prometer o céu. Basta dizer às pessoas o que podemos desafiar com os pés assentes para depois não termos de andar a inventar histórias da carochinha”, afirmou este domingo Pedro Passos Coelho, em Vila Flor, numa clara crítica ao atual Executivo cujos ministros e próprio primeiro-ministro vem, apenas agora, confirmar que “a margem de manobra está a estreitar” e, por isso, apelar “ao equilíbrio”.
Foram precisos “dois anos para perceber o que nós sabemos há tanto tempo: claro que é preciso equilíbrio”, esclareceu o líder do PSD. “Que pena que tenho que nestes dois anos se tenham perdido oportunidades”, reforçou, lembrando o “investimento cortado na Saúde e Educação” e a deterioração dos serviços do Estado. “Agora que vivemos bem, que a economia cresce, que o rating melhora” é que o Governo vem dizer que “a conjuntura não dá para tudo”, criticou. “Em véspera de orçamento vem dizer que é preciso arrefecer os ânimos, que não pode haver euforias”, acrescentou.
Pedro Passos Coelho esclareceu que o PSD nada tem contra o aumento dos rendimentos. Aliás, foi com o seu executivo que se iniciou que essa devolução. A retórica de quem hoje governa denuncia, portanto, uma “preocupação tão grande em contar uma história nova”. Parece, aliás, esconder que o governo “Sócrates não foi ficção”, nem a bancarrota uma invenção dos social-democratas. Segundo afirmou, as dificuldades enfrentadas pelo País resultaram “de muita irresponsabilidade junta”. “Como não ter isto presente quando quem governa quer contar uma história diferente da do passado?”, reiterou.
Por isso, o Presidente do PSD quis deixar claro que em Portugal, “durante muitos anos, se cometeram erros que se pagaram muito caro”. “No período em que desempenhei funções no Governo pude observar o esforço extraordinário que os portugueses fizeram para ultrapassar esse tempo”, recordou.
“Fizemos um esforço enorme para pôr o País a crescer e aqueles que hoje governam não estiveram disponíveis para nada”, criticou, salientando que os que foram, entre 2011 e 2015, oposição “escolheram governar através de uma coligação no Parlamento”. Volvida metade da legislatura, “o que é que ficou?”, questionou. “Ficou uma preocupação permanente de dizer mal do que estava antes”, explicou para logo referir que, dois anos depois, e “ainda se quer diabolizar o primeiro-ministro de então”.
Vila Flor: “Já chega de dar oportunidades a quem as desperdiça”
O líder social-democrata marcou presença, este domingo, junto do candidato ao município de Vila Flor, Pedro Lima. “É um homem novo com muita experiência que mostra que vale a pena ser empreendedor, lutador e virar o jogo quando é preciso”, disse, referindo-se também a uma equipa igualmente jovem. “Já chega de dar oportunidades a quem as desperdiça”, considerou para logo salientar que as eleições que se aproximam são o momento indicado para que esta “equipa nova possa mostrar que é possível fazer diferente”, tendo como foco as pessoas. “O que interessa é podermos colocar o nosso saber ao serviço da comunidade”, disse ainda.