Exportações com o pior resultado desde 2009

10 de fevereiro de 2017
PSD

As exportações de mercadorias cresceram apenas 0,9% em 2016, uma forte desaceleração face ao crescimento de 3,7% em 2015, sendo o desempenho mais baixo desde 2009, de acordo com os dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A anemia das vendas de bens ao exterior denuncia a fraca atividade na indústria e comércio, reduzindo as margens dos setores produtivos.

Portugal poderá estar a perder quotas de mercado no exterior, provocada por perdas de produtividade, com a atividade industrial a ressentir a pressão dos custos de contexto e o aumento dos impostos indiretos em 2016, na área da energia. A perda de fulgor nas exportações poderá continuar em 2017, já que o investimento – reposição de bens de produção, como a maquinaria – regrediu durante o ano passado.

A dinamização da atividade exportadora de mercadorias passa pela reindustrialização da economia. O PSD, nesta área, propõe a redução, calendarizada, dos impostos diretos (IRC, o imposto sobre os lucros das empresas) bem como incentivos ao investimento e reinvestimento (em sede de IRC), como instrumento para acelerar as exportações e aumento da produtividade. Foi, aliás, a redução consecutiva do IRC, em 2014 e 2015, que impulsionou a indústria nos últimos anos.

O Governo está sem soluções para gerar riqueza no País. Ainda esta semana a maioria parlamentar chumbou a proposta do PSD – de reforma do IRC - para apoiar as empresas e atrair capitais e investimento para apoiar emprego de qualidade.   

Com este resultado desanimador nas exportações, o défice comercial agravou-se em 281 milhões de euros para 10,766 mil milhões de euros em 2016.