Exonerações Secretários Estado: “Não se compreende o momento destas demissões”

9 de julho de 2017
PSD

“Se há razões que têm a ver com uma eventual investigação judicial, elas têm que ser ditas preto no branco, têm que ser esclarecidas”, afirma Carlos Abreu Amorim

 

O PSD manifestou a “enorme estranheza” pelo momento político em que ocorreram hoje as exonerações de três secretários de Estado, questionando o Governo sobre “o que está na sua origem”.

 

“O PSD queria manifestar antes de mais a sua enorme estranheza pelo momento político em que estas demissões destes três secretários de Estado são conhecidas. De facto, nós não compreendemos o que é que se alterou desde há um ano a esta parte”, declarou Carlos Abreu Amorim.

 

Numa reação à notícia da aceitação pelo primeiro-ministro da exoneração de três secretários de Estado, o Vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD afirmou que “as razões éticas, morais e políticas que existiam há um ano para a eventual demissão dos governantes que estavam envolvidos nas viagens ao Euro pagas pela Galp mantêm-se exatamente da mesma forma hoje”.

 

“Não se compreende porque é que se escolheu o momento do dia de hoje para estas demissões e porque é que essas demissões, ou uma atitude mais drástica não foi tomada há um ano. Não sabemos se foi algum ‘focus group’ ou alguma técnica de 'marketing' política que aconselhou que fosse este exatamente o momento”, assinalou.

 

Agora “é a vez do PSD fazer perguntas”. “Se há razões que têm a ver com uma eventual investigação judicial, elas têm que ser ditas preto no branco, têm que ser esclarecidas. Se há razões de ordem política ou de ordem ética que fazem com que neste momento esta situação seja tão grave que se fala na demissão destes três secretários de Estado, e já há órgãos de comunicação a falar até na demissão de outros governantes, o PSD julga que o país tem o direito a saber porquê”, sublinhou.

 

Como afirma Carlos Abreu Amorim, “se estas questões não forem devidamente resolvidas e esclarecidas, são demissões que só vão provocar mais inquietação, mais angústia, mais dúvidas, em vez de esclarecer, que era exatamente isso que deveria estar a ser feito”.