Eutanásia:"É indispensável que a sociedade civil se mobilize"

9 de fevereiro de 2017
PSD

“É um debate que exige profundidade, ponderação e um escrúpulo imenso em afastar o que são as visões mais demagógicas ou simplesmente mais precipitadas que muitas vezes debates desta natureza acabam por concitar”

 

Na sessão de abertura do Colóquio do Grupo Parlamentar do PSD (GPPSD) sobre a Eutanásia, Pedro Passos Coelho afirmou, esta quinta-feira, que a morte assistida “não é uma matéria simples” e que no final, em consciência, não podemos deixar de nos incomodar e tomar posição e não podemos, também, não decidir para ser simpáticos e não incomodar”.

Ao defender que se trata de um tema cujo envolvimento de toda a sociedade civil é “indispensável”, o líder do PSD assegurou que o partido terá uma posição oficial e que todos os deputados terão liberdade de voto quando existirem iniciativas legislativas.

Teremos de decidir, com dúvidas devemos decidir de forma prudente, aqueles que tiverem mais convicção não podem deixar de partilhar os fundamentos com os outros”, explicou.

Lembrando que o PSD sempre deu e continuará a dar liberdade de voto em matérias de consciência, Pedro Passos Coelho assumiu que já fez uma reflexão sobre o assunto e, depois de ouvir os argumentos que forem sendo apresentados, não deixará de a expressar publicamente.

Não deixarei de, a tempo, deixar bem claro perante todo o público político e social aquela que é a minha firme convicção nesta matéria, por mais dúvidas que esta convicção possa transportar, disse, mencionado também que “é um tema que não pode ser abordado de forma ligeira, ocasional. É um debate que exige profundidade, ponderação e um escrúpulo imenso em afastar o que são as visões mais demagógicas ou simplesmente mais precipitadas que muitas vezes debates desta natureza acabam por concitar”.

Para Pedro Passos Coelho, os decisores legislativos devem recusar-se a tomar uma decisão sobre esta matéria “sem envolver todo o país nesse debate”.

Esta não é uma questão de moda ou de agenda partidária. É uma questão de uma enorme seriedade que se pode prestar a muita discussão política e ainda bem que é assim. Não creio que nenhum de nós se sinta particularmente mandatado, nem pelo seu partido nem pelos eleitores, para decidir antecipadamente de uma forma ou outra, afirmou, apelando a que a sociedade civil se mobilize para este debate.

O Colóquio do GPPSD “Eutanásia/Suicídio assistido: dúvidas éticas, médicas e jurídicas” realizou-se esta quarta-feira, 9 de fevereiro, na Assembleia da República e contou com a participação de ilustres referências nacionais sobre esta matéria. Para mais informações, consulte aqui o programa.