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Pedro Passos Coelho considerou hoje que esta maioria parlamentar fez tudo ao contrário e desperdiçou uma oportunidade histórica de recuperação do país:
“Os responsáveis desta maioria carregarão o fardo de terem desperdiçado a oportunidade histórica que o país tinha de recuperar de uma situação muito difícil, que mais de uma década de políticas erradas nos ia conduzindo à insolvência", disse.
O Presidente do PSD acusou também este executivo de desperdiçar o esforço de todos os portugueses para o bem do seu país:
"Desbaratou as condições para forjar um crescimento sustentável e atirou pela janela aquilo que a muito custo os portugueses com sacrifícios fizeram para mostrar a sua marca de credibilidade e de determinação para vencer no futuro.”, afirmou.
Na sua intervenção, Pedro Passos Coelho afirmou que esta maioria “não conduzirá o país a uma situação melhor se continuar a fazer de conta que vivemos em campanha eleitoral", rematou, aplaudido de pé.
Antes de se pronunciar sobre o estado do país, o Presidente do PSD referiu que saiu das legislativas de 2015 com "o melhor resultado eleitoral de cada uma das forças que se apresentou a sufrágio" e que, nessa altura, “era importante não desperdiçar as oportunidades que tínhamos para futuro e garantir o mais possível que enfrentaríamos os riscos externos cobrindo-nos com um escudo estável e coerente”.
Quanto à atual governação, o presidente do PSD defendeu que "o país está a andar para trás".
Pedro Passos Coelho acusou o Governo de, fixado "na retórica da inversão da austeridade", governar em função do curto prazo e de forma imprudente.
"O desendividamento não chegou a acontecer - os últimos dados mostram um endividamento crescente do Estado. As reformas estruturais importantes, e para as quais era preciso tanta paciência para se observarem resultados, têm sido revertidas, e outras com promessas de reversão. O investimento tem caído a pique. O emprego ou estagna ou destrói-se", apontou.
"Exacerbamos riscos orçamentais, adiamos despesa", prosseguiu.
O presidente do PSD alegou ainda que "o crescimento tem menos vigor do que há um ano" e que "a poupança tem regressado a níveis dos mais baixos de sempre".
"Tudo ao contrário, portanto, daquilo que era estrategicamente e importante para o país", concluiu.