Declaração de José Matos Correia

4 de maio de 2014
PSD

[Só faz fé versão lida]


«Muito Boa Noite

O Partido Social Democrata congratula-se profundamente com
esta decisão agora anunciada pelo Governo de que Portugal sairá do Programa de
Assistência sem nenhum programa cautelar.

Congratulamo-nos com isso, porque essa saída limpa, como
vulgarmente se diz, é o resultado do trabalho, do esforço e da responsabilidade
dos portugueses.

E nessa medida, esta decisão é antes do mais uma homenagem a
todos os portugueses.

E é importante neste momento sublinhar que todos aqueles que
desvalorizam o mérito de sairmos do programa de assistência sem ajuda dos
nossos parceiros, quem faz isso estão de facto a desvalorizar o esforço dos
portugueses e está a querer por em causa os sacrifícios que nos conduziram a
este ponto.

Ao tomar esta decisão, Portugal deixa claro
internacionalmente que reassumiu a condição dos seus destinos e deixa também
claro que sucedeu porque o caminho até agora seguido foi o caminho correto.

Neste momento, o Partido Social Democrata que por isso
deixar aqui uma palavra muito especial dirigida a todos aqueles que atingidos
foram pelos sacrifícios e pelas dificuldades a que o programa obrigou.

Mas esta decisão de sair do programa sem o programa cautelar
é também um momento de julgamento do Partido Socialista. Um julgamento do
Partido Socialista pelo braço de ferro que o PS ao longo destes anos tem feito
com Portugal e com os Portugueses, apoiando uma política de quanto pior melhor,
apenas baseada no seu egoísmo eleitoral e nos seus interesses mesquinhos, o
Partido Socialista objectivamente quis que o programa falhasse para que pudesse
retirar benefícios. Enganou-se, porque os portugueses demonstraram que estão à
altura das suas responsabilidades e que, com esforço e sacrifício era possível
fazer o que foi feito.

Neste braço de ferro, e portanto o Partido Socialista perdeu
e Portugal ganhou.

Deste período de dificuldades da nossa história é também
importante retirar a ideia de que se trata de um julgamento. Um julgamento do
Partido Socialista do passado e um julgamento do Partido Socialista do
presente.

No passado, porque foi a governação desastrosa do Partido
Socialista que nos conduziu à bancarrota e à necessidade de resgate. O
julgamento do actual partido socialista que esteve sempre do lado errado da
história e que nunca quis participar no esforço de resolver os problemas que
ele próprio criou.

Este é o momento também de olhar para o futuro, de olhar em
frente, mas de olhar em frente com responsabilidade e com esperança.

O PSD congratula-se por isso, com o compromisso pessoal e
político do Primeiro-Ministro, de que dará uma especial importância à questão
do crescimento e à questão do emprego, porque este é também o tempo de fazer
sentia a todos os portugueses que o nosso país tem um futuro, que é o futuro
que é sustentável, que é um futuro que depende de antes de mais de todos nós.

A política seguida permitiu que, quando muitos diziam que
isso era impossível, se tivessem registado resultados notáveis do ponto de
vista das taxas de juro que atingiram níveis historicamente baixos, do ponto de
vista do equilíbrio das contas externas, do ponto de vista do crescimento
económico.

E este compromisso pessoal do Primeiro-Ministro significa
também que agora haverá um olhar particular para todos aqueles que mais
sofreram neste período difícil da nossa história e que progressivamente poderão
começar a ver que o seu sacrifício deu frutos e que o futuro é um futuro mais
risonho para todos os portugueses, e em particular para as novas gerações.

Muito Obrigado»


4 de maio de 2014