«Criação de uma solução governativa que seja consistente e estável»

6 de outubro de 2015
PSD

Pedro Passos Coelho vai contactar o líder do PS, António Costa, com o objetivo de "criar uma solução governativa que seja consistente" e assegure "estabilidade", anunciou hoje o porta-voz do PSD.

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa, Marco António Costa não quis estabelecer "calendários" para os contactos com o PS, nem adiantou se está somente em causa a procura de um apoio parlamentar, ou se estará a ser equacionada a participação dos socialistas no Governo.

O porta-voz do PSD falou na procura de "pontos de convergência que permitam a construção de uma solução negociada para uma estabilidade política do próximo Governo" e em valores comuns que permitem "criar uma solução governativa que seja consistente, sólida, que tenha estabilidade". Interrogado se isso poderá passar por um Governo PSD/CDS-PP/PS, respondeu: "Não me cabe a mim estar aqui a abrir ou a fechar portas ou a fazer especulações sobre cenários".

Em relação às presidenciais, PSD e CDS-PP deixaram cair a ideia de "candidato comum" às presidenciais e querem que os candidatos possam "livremente afirmar a sua disponibilidade", para que haja um Presidente "sem vinculações partidárias", afirmou hoje o porta-voz dos sociais-democratas.

Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião do Conselho Nacional do PSD, num hotel de Lisboa, Marco António Costa salientou que a expressão "candidato comum" às presidenciais que constava do acordo de coligação para as legislativas entre sociais-democratas e centristas foi substituída por "posição comum" no acordo de Governo que vai ser assinado na quarta-feira.

"Nós com isso queremos reforçar, acima de tudo, o espírito apartidário do processo presidencial, deixando todo o espaço para aqueles que sejam os possíveis candidatos ou que possam vir a ser possíveis candidatos poderem livremente afirmar a sua disponibilidade, a sua vontade, e com isso garantirmos que a instituição Presidência da República continue a ser a representação de todos os portugueses sem exceção, sem vinculações partidárias", acrescentou.