Audição a Mário Centeno: PSD denunciou “pecados capitais” do Governo

3 de abril de 2018
PSD

Os deputados do Partido Social Democrata confrontaram, esta terça-feira, o ministro das Finanças com situações prementes. Foram, assim, assinalados os “pecados capitais” da atual solução governativa e denunciadas as promessas que não têm passado disso mesmo. Foi dado, ainda, destaque às consequências para os contribuintes de medidas adotadas na banca

 

António Leitão Amaro denunciou “pecados capitais” do atual Executivo

Vimos como o ministro das Finanças engoliu os seus colegas de Governo e domesticou os deputados do PC, do PCP e do Bloco, eles são todos Centeno”, criticou esta terça-feira o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD António Leitão Amaro, em audição a Mário Centeno.

Salientando que o PSD reconhece que “os números do défice, do crescimento e do emprego são melhores do que em 2016”, afirmou: “mas não estamos satisfeitos nem com o resultado, nem com o caminho adotado”. Criticando a estratégia de quem governa, António Leitão Amaro denunciou aquilo que definiu como “pecados capitais”.

 

 

 

Carlos Silva: Aumento das comissões na CGD ou Novo Banco motivaram questões

O deputado Carlos Silva questionou o ministro das Finanças a propósito do aumento das comissões na Caixa Geral de Depósitos (CGD). “Já vai no terceiro aumento no espaço de um ano”, assinalou para logo perguntar: “onde é que isto vai parar?”.

Referiu-se, também, ao Novo Banco para lembrar que, após a venda, “foi dito pelo primeiro-ministro de que não haverá qualquer consequência para os contribuintes”. Contudo, é do conhecimento público de que o Estado terá de encaixar dinheiro, pelo que voltou a questionar: “onde é que isto vai parar”.

 

 

 

Inês Domingos: Governo “derrete” dinheiro dos contribuintes nos bancos

Inês Domingos, por sua vez, interpelou Mário Centeno a propósito do malparado. “Onde ficou a promessa, tantas vezes repetida de que iria fazer um veículo para o malparado?”, perguntou, depois de ter assinalado que em dois anos não foram tomadas medidas neste âmbito.

Após ter denunciado que “reina a maior confusão” na supervisão do sistema financeiro, acusou o Executivo de estar a “derreter muito dinheiro dos contribuintes nos bancos”.

 

 

 

Sara Madruga da Costa: “Para quando um pedido de desculpas?

A deputada Sara Madruga da Costa referiu que “os mais recentes números do INE desmentem as acusações infundadas feitas pelo primeiro-ministro e pelo líder parlamentar do PS” à Madeira. Quis, assim, questionar: “Para quando um pedido de desculpas?”. Aproveitou, ainda, para lembrar que o Executivo não tem executado os compromissos assumidos para com a Região Autónoma.

 

 

 

António Ventura: “Continuamos no reino das palavras

O social-democrata António Ventura, depois de ter elencado uma série de situações prementes nos Açores (como disso é exemplo a descontaminação dos solos da Ilha Terceira), denunciou que o Governo se desdobra em promessas. “Continuamos no reino das palavras”, disse para, logo, perguntar: “até ao fim da legislatura vai haver realização dos compromissos assumidos?

 

 

 

Jorge Paulo Oliveira: Conselho de Coordenação Financeira não tem reunido

Jorge Paulo Oliveira disse que, desde que o atual Executivo tomou posse, o Conselho de Coordenação Financeira “nunca reuniu”. “Porque razão o Governo não cumpre a lei?”, questionou. “Não está minimamente interessado para ouvir as autarquias locais conforme está obrigado?”, continuou.

 

 

 

Duarte Pacheco: Mário Centeno primou “pela falta de seriedade

Duarte Pacheco conclui dizendo que Mário Centeno levou esta terça-feira ao Parlamento “um discurso lamentável, com falta de seriedade, mesmo a roçar o ridículo”. Por isso, desafiou-o a “ser sério” e a admitir a forma como o défice foi alcançado. “Quando não há argumentos a falta de seriedade vem ao de cima”, finalizou.