Agentes da PSP estão a pagar máscaras de proteção individual para cumprirem missões

25 de abril de 2020
Grupo Parlamentar

Na sequência de denúncias dos sindicatos da PSP, que alegam que os agentes desta força de segurança estão a pagar “do seu bolso as máscaras de proteção individual que utilizam no cumprimento das suas missões”, o PSD acaba de pedir esclarecimentos ao ministro da Administração Interna.

Os deputados do PSD querem saber se “foram dadas orientações superiores para os profissionais da PSP adquirirem a suas expensas as máscaras de proteção individual”. “Cada agente terá recebido uma viseira tendo sido determinado superiormente que esta deve ser ‘equipamento de uso obrigatório e constante pelos polícias'. No entanto, quanto às máscaras cirúrgicas, de acordo com o email da Direção Nacional da PSP, enviado aos agentes e divulgado publicamente, estas podem ser utilizadas, mas terão de ser adquiridas pelos próprios polícias”, refere o PSD.

Os deputados sociais-democratas pedem ao ministro da tutela que confirme se, de facto, “foram dadas orientações superiores para os profissionais da PSP adquirirem a suas expensas as máscaras de proteção individual” contra a covid-19. “Está, ou não, garantida a aquisição e distribuição em número suficiente de todos os equipamentos de proteção individual, necessários e adequados, às forças de segurança e demais serviços de primeira linha, sob a sua tutela?”, interrogam ainda.

Os deputados do PSD sublinham que, estando os polícias mais expostos do que a população geral a contrair a doença, “não é compreensível que os equipamentos de proteção individual, designadamente as máscaras tenham de ser adquiridas pelos próprios profissionais e não sejam disponibilizadas pela instituição”.

Além disso, alerta o PSD, “a situação epidemiológica na PSP atualmente já é grave, tendo sido divulgado que até ao dia 17 de abril, 136 profissionais tiveram um resultado positivo no teste à covid-19”.

Apesar de esta situação ser inédita no contexto de pandemia, agentes da PSP chegaram no passado a suportar as despesas do fardamento no exercício da sua missão diária de manutenção da ordem, segurança e tranquilidade pública.