As evidências demonstram que a humanidade terá maior probabilidade de sobreviver no novo normal se este for mais eficiente, mais sustentável, mais resiliente e mais pronto a reagir com o menor impacto possível no ambiente. São prioritárias políticas que garantam uma maior sustentabilidade e eficiência de recursos e que mitiguem o que mais degrada e polui.
Esta é a convicção do GP PSD. A mesma convicção desde há mais de 30 anos quando, em 1987, publicou a primeira Lei de Bases do Ambiente em Portugal. Ambiente e o clima têm sido uma prioridade constante nas políticas e das iniciativas de crescimento social democratas desde a sua origem.
A segurança e justiça climáticas têm de ser uma prioridade comum, transversal a todas as forças políticas e devem caminhar a par com a justiça económica e com a justiça social.
Por outro lado, o quadro institucional para atingir a neutralidade climática na União Europeia (UE), proposto pela Comissão Europeia (CE) na Lei Europeia do Clima, estabelece um processo transparente, em consonância com os períodos de revisão do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, adotado na 21ª sessão da Conferência das Partes (COP 21) na Convenção-Quadro sobre as alterações climáticas (CQNUAC) e na 11.ª sessão da Reunião das Partes no Protocolo de Quioto (CMP 11). A UE assumiu o papel de principal impulsionadora da resposta internacional à crise climática através do Pacto Ecológico Europeu (“Green Deal”), que prevê um plano de ação para (i) impulsionar a utilização eficiente dos recursos através da transição para uma economia circular e (ii) restaurar a biodiversidade e reduzir a poluição, apontando para o objetivo da Europa ser o primeiro continente climaticamente neutro em 2050.
Portugal é um dos países da UE que mais será afetado pelos efeitos das alterações climáticas, na erosão costeira, no risco da subida do nível das águas do mar, de desertificação e de incêndios florestais, importando que se implementem políticas públicas eficazes e capazes de assegurar a transversalidade destas áreas.
Num contexto de particular complexidade do ponto de vista económico e social decorrente da crise pandémica, importa – numa “visão pós-COVID19” – refletir esta dimensão com vista à promoção de (i) uma cidadania consciente, envolvida e empenhada na adoção de comportamentos sustentáveis e de (ii) uma administração pública focada e diligente na mitigação e adaptação às alterações climáticas.