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A Sala do Infante do edifício da Alfândega do Porto encheu por completo no final de tarde de sexta-feira, para ouvir o Presidente do PSD apresentar o programa eleitoral. Rui Rio contrapôs a visão que tem para Portugal ao rasto de incapacidade das governações socialistas. O líder do PSD criticou a degradação “brutal” dos serviços públicos durante os governos de António Costa e José Sócrates. “Nós assistimos a uma degradação brutal dos serviços públicos em Portugal. Eu diria que o Partido Socialista nas duas últimas governações falhou francamente. Sócrates falhou nas finanças públicas e António Costa falhou nos serviços públicos. Isto é notório”, salientou Rui Rio.
Rui Rio considera que “nunca houve uma degradação tão acentuada dos serviços públicos”, ainda que os serviços públicos estejam melhor que “há 40, 50 ou há 100 anos”. “Entre 2015 e 2019, nestes quatros anos, houve uma degradação como antes nunca tinha havido, em quatro anos”, apontou. Esta degradação reflete-se, particularmente, nas listas de espera, na falta de médicos de família, de investimento e de manutenção. “Aqueles que mais defendem o Serviço Nacional de Saúde e que dizem que são os pais do Serviço Nacional de Saúde, que o criaram e que cumprem a Constituição, não cumprem a Constituição. Esse é que é o problema”, notou.
Rui Rio assinala que a Constituição diz que a saúde tem de ser de acesso a todos e tendencialmente gratuita, de acesso universal, mas não concretizado na prática. “É por isso que há em Portugal 2,7 milhões de apólices de seguro (…), justamente porque não há acesso, porque senão as pessoas não precisavam de ter seguro de saúde para nada”, disse, sublinhando que o primeiro objetivo do PSD para a área da saúde é “cumprir a Constituição da República Portuguesa”. O líder do PSD defende um novo modelo de gestão dos hospitais com objetivos marcados e mais autonomia e responsabilidade para os conselhos de administração dos hospitais.
Além da saúde, Rui Rio abordou três áreas em que o programa eleitoral dá especial ênfase: a economia, porque “sem riqueza, tudo se torna impossível”, procurando instituir melhores empregos e melhores salários, e reduzir a carga fiscal; o ambiente, “que é cada vez mais relevante à escala global”; e as reformas estruturais (na justiça e no sistema político).
O Presidente do PSD agradeceu a todos os militantes, simpatizantes e independentes que contribuíram para a feitura do programa eleitoral do PSD, em especial a Joaquim Sarmento, que é o mandatário nacional das eleições, e a David Justino, o presidente do Conselho Estratégico Nacional.
Joaquim Sarmento expôs o quatro macroeconómico para 2019-2023. “O paradigma para os próximos quatro anos tem de ser o de Portugal crescer por via das exportações, de uma economia mais competitiva”, declarou o também porta-voz do CEN para as Finanças Públicas.
David Justino destacou que o programa eleitoral “não promete tudo a todos”, mas é “um programa que nos permite acordar deste sono que vivemos, em que de vez em quando é interrompido sobressaltadamente por algumas insónias de desassossego socialista”.