Rui Rio: promover “a igualdade de oportunidades” no acesso ao Ensino Superior

1 de outubro de 2018
PSD

Rui Rio considera que todos os alunos devem ter oportunidade para frequentar as instituições de Ensino Superior, pelo que ninguém deve ficar de fora das universidades e politécnicos por razões socioeconómicas. O sistema de ensino deve, segundo o líder do PSD, valorizar o “mérito” dos estudantes e promover em paralelo “a igualdade de oportunidades”.
Na apresentação de um documento elaborado pelo Conselho Estratégico Nacional (CEN) para o acesso ao Ensino Superior, esta segunda-feira, no Porto, o Presidente do PSD afirmou que é “imperioso ter um plano de ofertas de residências universitárias”. “Se queremos uma economia com base em mais valor acrescentado e não em salários baixos, temos de ter a educação como algo absolutamente decisivo. Um dos aspetos que é preciso ultrapassar são as desigualdades no acesso ao ensino superior. Por isso, propomos combatê-las e procurando que haja mais justiça e equidade sociais no futuro dos jovens portugueses”, acrescentou Rui Rio.
A duplicação da oferta de residências universitárias e a revisão do modelo de acesso ao ensino superior visam alcançar mais coesão social e uma distribuição geográfica mais equilibrada, por exemplo incentivando as instituições a recrutar grupos sub-representados são algumas das propostas do PSD, explicou a coordenadora do CEN para o Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Maria da Graça Carvalho, acompanhada pelo coordenador nacional, David Justino.
Maria da Graça Carvalho defende também uma “maior responsabilidade das instituições de ensino superior na seleção dos seus alunos”. “A intenção é manter um sistema centralizado de acesso, mas dando cada vez mais às instituições capacidade de escolher os seus alunos”. Pretende-se, também, “alargar a base de recrutamento dos alunos do ensino superior” e diversificá-la, nomeadamente com “alunos internacionais e de países de língua portuguesa”.
Outra perspetiva é criar “percursos flexíveis para a entrada dos alunos” no ensino superior, designadamente os que frequentam os cursos profissionais no ensino secundário.
De acordo com Maria da Graça Carvalho, para tal “as instituições terão de ter um trabalho extra para captar alunos” e isso “pode traduzir-se numa majoração no financiamento das que consigam maior diversidade”.
Para a coordenadora do CEN, “é urgente o país aumentar o número de camas; tentar, pelo menos, duplicá-lo”, frisou.
Maria da Graça Carvalho alerta que, “neste momento, existe uma percentagem baixa de alunos com direito a residências”. A solução, enunciou, passa pela construção ou reabilitação recorrendo a fundos europeus ou da contratualização com a sociedade civil”.
Na opinião de Maria da Graça Carvalho, “as instituições do interior devem oferecer melhores condições acolhimento a estudantes deslocados, com vista a fomentar a mobilidade do litoral para o interior”.
A intenção é “perspetivar um programa Erasmus interior, até para investigadores ou funcionários, numa mobilidade de seis meses”, esperando que “muitos” possam gostar.
“Queremos também reforçar o programa + Superior, lançado pelo anterior governo do PSD, para pretende atrair estudantes para o interior”, disse.
Maria da Graça Carvalho notou ainda que é “importante que as instituições do interior tenham oferta adequada à especialização regional e que haja um regime de complementaridade e não de competição”.
Além de propostas para o Ensino Superior, o Conselho Estratégico Nacional do PSD já produziu e apresentou iniciativas para a natalidade, a união económica e monetária e a saúde. “Para quem diz que o PSD não apresenta ideias, aponto estes documentos. E, já agora, pergunto quais as ideias dos outros partidos?”, observou Rui Rio.