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Para Rui Rio, o descontentamento social é um “indicador péssimo” para o PS e constitui a demonstração de que Portugal está a ser mal governado. “Como é que é possível um Governo, que apostou tudo no presente, e tem um nível de greves e um nível de descontentamento social como eu não me lembro?”, interrogava o líder do PSD, esta terça-feira, durante um jantar com 600 militantes do distrito de Santarém.
Rui Rio aponta as múltiplas greves, que estão a atingir profissionais tão diversos como médicos, enfermeiros, estivadores, oficiais de justiça, professores e guardas prisionais, como “um indicador péssimo para a governação do PS”.
De acordo com o Presidente do PSD, o problema reside na narrativa do Governo socialista sobre o fim da austeridade no país. “Eles dizem que já não estamos em austeridade. Disseram tantas vezes que já não estavam em austeridade, que agora estamos a ver as greves de pessoas que estavam à espera, legitimamente, daquilo que o Governo dizia que podia dar e que naturalmente não pode dar”, sublinhou.
A maior prova de que “há uma outra austeridade” é a “degradação dos serviços públicos”, com os utentes a serem prejudicados, explicou Rui Rio. “Nestes três anos piorou, não melhorou. A performance do PS nestes três anos foi de degradação dos serviços públicos”, disse.
Numa intervenção de cerca de meia hora, Rui Rio indicou os três objetivos do PSD para 2019: preparar as autárquicas de 2021, para recuperar a tradicional influência no poder local; combater a abstenção nas europeias; e vencer as legislativas de 6 de outubro.
Rui Rio considera que o caminho passa por construir uma alternativa “construtiva e com sentido de Estado”. “Quem pode mudar a governação? Ou nós ou ninguém. O desafio que temos todos é conseguir construir uma alternativa a esta governação, construtiva, civilizada, não de bota-abaixo, com sentido de Estado, que é isso que Portugal precisa”, frisou.