Rui Rio: “A burocracia está a travar o apoio às vítimas” dos incêndios

26 de março de 2018
PSD

 

O líder do PSD alertou para as “dificuldades económicas” que encontrou em territórios afetados pelos incêndios de 2017. Em visita a Arganil, Rui Rio desafiou  o Governo a desenvolver uma estratégia para evitar as tragédias que afetaram, recentemente, o País. Sobre o défice, salientou ser importante que “as contas públicas caminhem para o equilíbrio” e deixou um alerta  sobre o orçamento de 2018

 

Rui Rio referiu-se, esta segunda-feira, à necessidade de o Governo eliminar “a burocracia que, em larga medida, está a entravar o apoio às vítimas”. Em declarações aos jornalistas em Arganil, o Presidente do PSD alertou que há quem esteja “com bastantes dificuldades económicas”. “Há empresários que não conseguem recuperar minimamente a sua atividade”, concretizou.

Acompanhado pelo líder parlamentar, Fernando Negrão, assim como por vários deputados, Rui Rio ouviu a Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, o Movimento de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões e a Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil, e visitou, ainda, os Bombeiros Voluntários de Arganil.

 

 

Defendeu, por conseguinte, que o País e, sobretudo, o Governo devem desenvolver “uma estratégia para o ordenamento, para a fiscalização” da floresta. Foi claro ao afirmar que tem de haver “uma Proteção Civil a funcionar”. Segundo argumentou, além de não haver ordenamento florestal, a fiscalização “é fraquíssima e a Proteção Civil falhou redondamente, durante o período dos incêndios”. 

 

 

Défice pode agravar de 2017 para 2018

Sobre o valor do défice, o Presidente do PSD disse ser positivo e que é, “obviamente, importante que as contas públicas caminhem para o equilíbrio, se não mesmo até para um ligeiro superavit”. “É isso que dará confiança aos mercados, à economia, a toda a gente”, destacou, reforçando: “é, naturalmente, um valor positivo conseguir situá-lo em 1% quando se apontava para 1,4%”.

Quis, contudo, alertar para a possibilidade de um agravamento de 2017 para 2018. Assinalou, assim, que o défice poderá ser inferior, caso “não seja executado o orçamento aprovado na Assembleia da República”.