Requisição Civil deveu-se a “intransigência total” dos sindicatos

23 de dezembro de 2014
PSD

O porta-voz do PSD defendeu hoje que a requisição civil
decidida pelo Governo da maioria justificou-se pela "intransigência total
e absoluta" dos sindicatos dos trabalhadores da TAP e "em defesa
legítima do interesse público".

"Esta requisição surge face a uma intransigência total
e absoluta, de diálogo, por parte dos sindicatos. Ainda recentemente o conselho
de administração da TAP fez uma última tentativa de reconciliação e, à última
hora, de forma completamente inopinada - ao que dizem as notícias por ação
exclusiva de um dos sindicatos - acabou por não se conseguir um acordo. Se
existe alguma intransigência negocial não é da parte do Governo ou da
empresa".

Os representantes dos funcionários da companhia aérea
portuguesa vão hoje ainda decidir se avançam com uma ação cível contra a
requisição civil decretada pelo Governo para os dias de greve, entre 27 e 30 de
dezembro, em protesto contra a privatização da empresa.

"Os portugueses compreendem que o Governo atuou em
defesa legítima do interesse público. O que está em causa é salvaguardar um
interesse mais geral face ao interesse particular dos sindicatos em
manifestarem-se e apresentar a sua discordância relativamente ao processo de
privatização", continuou o vice-presidente do PSD, lembrando que, "há
dois anos, a TAP esteve quase privatizada e não houve esta reação".

Marco António Costa considerou que a "primeira
iniciativa de forma desproporcionada foi dos sindicatos".