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Hoje, num encontro com a Associação Empresarial de Portugal [AEP], Marco António Costa lamentou o discurso derrotista que tem sido assumido pelo Partido Socialista:
“Lamentamos e temos muita pena que o PS se mantenha à margem desta discussão [sobre a estratégia nacional para o fomento da industrialização do país, do crescimento e do emprego] e que a única circunstância em que usa da palavra é sempre num discurso negativista e pessimista relativamente ao país, mesmo quando a realidade contraria o discurso do PS, mesmo quando a realidade ultrapassa esse discurso”, disse.
O coordenador permanente da Comissão Política Nacional do PSD apelou novamente “ao sentido de responsabilidade política que deve recair sobre todos os agentes partidários em Portugal”.
“O PSD está a fazer o seu trabalho, ao reunir não só órgãos políticos e militantes, mas também ao fazer reuniões com agentes económicos e sociais do país. A única coisa que vejo o PS fazer é ter uma focalização e um discurso negativista, pessimista, derrotista que em nada se identifica com a maneira de ser dos portugueses muito menos com a nossa atitude, porque os resultados do esforço e do trabalho dos portugueses estão à vista”.
Com este encontro com a AEP, o social-democrata pretendeu “ouvir de viva voz” as preocupações da associação sobre o futuro quadro comunitário de apoio (2014-2020) e discutir “a estratégia nacional para o fomento da industrialização do país, do crescimento e do emprego”.
Marco António anunciou que já a partir de sexta-feira vão realizar-se assembleias distritais do PSD, com objectivo de “suscitar o debate interno” para “apresentar perspectivas do quadro comunitário de apoio”.
O responsável disse ainda que, a partir de Janeiro, o PSD lançará um conjunto de iniciativas, “internas e externas, no sentido de realçar, abordar a estratégia nacional para o fomento industrial”.
“Nós precisamos de olhar para o futuro”, disse, considerando que “o Orçamento do Estado para 2014 apresenta pela primeira vez uma perspectiva de crescimento económico e os portugueses estão numa fase em que começam a perspectivar-se sinais de esperança muito significativos relativamente ao seu futuro, depois de dois anos e meio de muitos sacrifícios, de muitas dificuldades”.
“Cabe-nos a nós, dirigentes políticos, focalizar em matérias que são estratégicas e determinantes para podermos olhar para esse futuro”.