PSD diz que Governo deve esclarecer a ideia da nacionalização do Novo Banco

25 de fevereiro de 2016
PSD

“Julgo que era importante que o Governo esclarecesse rapidamente que não tenciona deixar nenhuma porta aberta para a nacionalização do banco”, afirmou Pedro Passos Coelho, questionado sobre a saída de mil trabalhadores, com 500 em despedimento coletivo, no âmbito do plano de reestruturação do Novo Banco.

Para o Presidente do PSD, “compete, nesta altura, à administração do próprio banco e, neste caso, também, ao fundo de resolução e ao Banco de Portugal, que é quem têm a responsabilidade de proceder à venda do Novo Banco, avaliar na sua comunicação com os investidores o que é que é preciso fazer e dizer para, de alguma maneira, melhorar a perspetiva de venda do banco”.

“Agora, há uma coisa que eu sei, não é a ameaçar com nacionalizações que se melhora essa perspetiva, pelo contrário”.

Para o Líder Social-Democrata, a administração do banco e do Banco de Portugal, que está a liderar a alienação, “deve ser encontrada uma estratégia que possa transmitir confiança ao mercado quanto ao trabalho que está a ser realizado dentro da instituição bancária, de modo a que os investidores acreditem que vale a pena vir a comprar”.

Questionado se face ao anúncio dos prejuízos e à possibilidade de saída de mil trabalhadores se este é o ‘timing’ para avançar com a venda, o Presidente do PSD considera que é o Governo e o Banco de Portugal que nesta altura “devem fazer a comunicação ao mercado sobre o que são as intenções”.

“O mais que alguém que estivesse na posição de primeiro-ministro deveria fazer, parece-me, era chamar a atenção para a necessidade, em primeiro lugar, de não complicar o processo da venda, para não piorar as perspetivas de venda, e, em segundo lugar, dizer que era melhor que a administração do banco e o fundo de resolução apresentassem um programa rapidamente que oferecessem garantias ao mercado de credibilidade para a venda do banco, clarificando que o Estado não iria nacionalizar o banco. Isto era aquilo que eu diria se fosse primeiro-ministro, mas não sou”.