Presidente do PSD desafia Governo a rever a estratégia de crescimento para Portugal

29 de janeiro de 2017
PSD

A economia deve crescer para se poder aumentar salários e pensões

 

Foi num jantar em Esposende, perante cerca de 1500 pessoas, que o Presidente do PSD afirmou que o Governo deveria privilegiar uma política de crescimento da economia, “em vez de andar à procura de medidas de compensação” para o aumento do salário mínimo nacional. Pedro Passos Coelho lembrou que, ainda esta semana, o ministro Vieira da Silva reconheceu que o atual ritmo de crescimento do salário mínimo nacional “não é sustentável num longo prazo”.

O líder da oposição questionou se em vez de andar à procura de medidas de compensação, “não era melhor adotar uma estratégia que pudesse pôr as nossas empresas, o nosso país a crescer o suficiente para aumentar o que eles querem ao salário mínimo nacional? Pois é isso que deviam fazer”. Assim, com o crescimento da economia seria possível aumentar não só o salário mínimo, como também as pensões e os salários de toda a sociedade.

O Presidente do PSD afirmou ainda que o atual Executivo só cumpriu a meta que havia definido em 2016 porque fez tudo o que disse que não faria. Se o défice ficou, como António Costa afirma, abaixo dos 2,5%, isso foi à custa de medidas extraordinárias. O Governo socialista cobrou mais impostos, fez menos investimento público e aumentou as dívidas. “E ainda dizem que eram a alternativa. Não, isto não é alternativa”, exclamou.

 

Quem paga as ilusões do Primeiro-ministro são os portugueses. “Porque é que não reveem a estratégia de crescimento para o País? Porque é que não usam uma estratégia que ponha as empresas a crescer e a criar emprego? Era melhor que atraíssem investimento e aumentassem o crescimento da economia para criar condições para assinar acordos”, afirmou o Pedro Passos Coelho.

 

O atual Executivo só sabe distribuir o dinheiro que encontrou, e não sabe gerar novas fontes de riqueza para Portugal. Por isso mesmo, só duram enquanto houver dinheiro. Aquilo que a maioria que suporta o Governo defende na Europa e no papel de Portugal no mundo é o contrário do que Portugal precisa. “Se queremos um País que possa oferecer uma visão mais confiante e otimista para futuro, teremos hoje de nos esforçar mais”, disse o líder da oposição.

 

Ainda esta semana, os portugueses viram no Parlamento um Primeiro-ministro que empenhou a sua palavra num compromisso com os parceiros sociais, a quem impôs um aumento do salário mínimo nacional. “António Costa resolveu assinar um acordo que sabia que não podia cumprir. Foram os partidos da maioria que quiseram chumbar o acordo. O Primeiro-ministro não teve coragem de pedir aos partidos que o apoiam que fizessem passar a medida”, relembrou o Presidente do PSD.

 

Nós dissemos que não fazíamos parte da geringonça. Se a aliança parlamentar não apoia o Governo, não é o PSD que tem obrigação de apoiar. Nós mostrámos aos portugueses que não faz sentido o governo ser populista e demagógico aliando-se à extrema-esquerda para dar boas notícias, culpando depois o PSD pelas demagogias que levam a cabo”, afirmou Pedro Passos Coelho.

 

Nós conseguimos trazer clareza e transparência à vida política nacional pois percebeu-se que a maioria que apoia o governo só o faz pela demagogia e populismo, e não pela responsabilidade”, concluiu.

 

Quando o PSD esteve no Governo, procurou sempre enfrentar as dificuldades encontrando dentro da maioria as condições para governar. Nem sempre foi fácil e exigiu um grande sentido de responsabilidade.

 

O Presidente do PSD defendeu que “o País beneficiou dessa estabilidade: saímos da bancarrota, gerámos emprego, e pusemos a economia a crescer. O que se passa agora é o contrário. Quando a conjuntura é mais fácil, o que acontece? Crescemos menos do que os outros e pagamos mais custos para crescer menos do que os outros. Hoje, depois de todo o esforço que fizemos, os hospitais voltaram a não pagar a horas, as dívidas aumentam, e o Governo faz de conta”.

 

O PSD trabalha para que o País possa crescer de forma diferente. Nunca desistirá da ideia que tem para Portugal e para o futuro dos portugueses, “porque somos um osso duro de roer”, assegurou o Presidente do PSD.