Portugal tem a “maior carga fiscal de sempre” com “piores serviços públicos”

27 de agosto de 2019
PSD

"Este Governo falhou notoriamente nos serviços públicos. Temos a carga fiscal máxima, que nunca foi tão pesada, pagamos impostos como nunca pagamos e devíamos ter melhores serviços. Damos mais dinheiro em impostos e temos piores serviços públicos", afirmou Rui Rio, esta segunda-feira.

O Presidente do PSD falava à imprensa após uma visita à Cercimarco, acrescentando que há hoje "uma completa degradação dos serviços públicos", tendo dado como exemplo os atrasos na emissão do Cartão do Cidadão e o tempo que se demora para se deferir a reforma depois de efetuado o pedido.

"Na verdade, alguém que se reforme com 66 anos e meio mete os papéis e demora praticamente um ano em muitos casos, apenas porque os serviços administrativos não funcionam como deve ser", lembrando que a maior parte das pessoas precisa do salário ou da reforma para viver.

Rui Rio afirmou ainda que "o endividamento de Portugal face ao exterior está a aumentar face ao exterior e foi isso que determinou a falência há uns anos”. Confrontado com um artigo do Financial Times que elogiava o desempenho da economia portuguesa e do Governo, afirmou que esta é apenas a opinião de um jornalista estrangeiro que "não conhece o quotidiano português".

O Presidente do PSD realçou que em Portugal se está a criar emprego baseado em baixos salários, situação que só pode ser alterada se, frisou, se for alterado o modelo da economia nacional. Foram criados “empregos relativamente precários e de muito baixos salários. Aquilo que pretendemos é criar melhores empregos e salários mais altos. Para isso, é preciso modificar o modelo da economia portuguesa, que tem de assentar em exportações e em investimento".

Rui Rio acrescentou que, atualmente, o país está "num patamar em que é o consumo que está, outra vez, a puxar pela economia portuguesa". "Isto dá um défice da balança de pagamentos e o défice externo português já aumentou outra vez", indicou, alertando que "o défice mais grave é o externo". "É esse que temos de eliminar", reforçou.