Portugal tem de acolher refugiados com condições que permitam integração

20 de junho de 2016
PSD

"É importante que o país tenha disponibilidade e tenha esta solidariedade, mas também é importante que realisticamente acolha estas pessoas com as condições para que elas se integrem na sociedade portuguesa, se for esse o seu desejo, e comecem o mais cedo possível a serem, elas e as suas famílias, autónomas", afirmou Teresa Morais, Vice-Presidente do Partido Social-Democrata.

No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Refugiado, Teresa Morais, visitou esta manhã com mais cinco deputados sociais-democratas o Centro de Atendimento do Serviço Jesuíta aos Refugiados e o Centro de Migrantes Sem-Abrigo, na Alta de Lisboa.

Segundo Teresa Morais, durante a visita, que teve como objetivo "verificar no terreno o que corre bem e o que corre menos bem no processo de integração dos refugiados em Portugal" e aconteceu no Dia Mundial do Refugiado, a delegação do PSD reuniu-se com dois grupos de pessoas que recebem o apoio do Serviço Jesuíta.

Um grupo de "reinstalados" de várias origens, explicou, veio para Portugal em novembro, no âmbito de um protocolo com o Alto Comissariado para os Refugiados.

"Tinham vindo do Egito e estavam a aguardar há algum tempo a vinda para Portugal".

O outro grupo está em Portugal ao abrigo do programa de recolocação da União Europeia, acrescentou, e são pessoas que estavam já dentro do espaço da União Europeia, na Grécia e em Itália.

"Foi uma conversa muito importante para perceber qual é neste momento a opinião e perceção que têm sobre o acolhimento em Portugal", disse a Vice-Presidente do PSD, revelando que a perceção é "genericamente boa" em relação ao país e às pessoas.

Quanto às preocupações manifestadas, segundo Teresa Morais, centraram-se nas dificuldades que estão a sentir em encontrar emprego, alguma ansiedade relativamente à morosidade dos processos que envolvem as autorizações de residência e a atribuição do estatuto de refugiado, assim como dificuldades na questão do reagrupamento familiar.

Por outro lado, continuou Teresa Morais, "a barreira da língua vai ter com certeza de ser trabalhada com mais eficácia".

"Na sequência desta visita temos sinalizadas várias matérias em que achamos que o Governo deve ser questionado e que deve ser questionado o que se está a fazer e porque é que não se está a fazer de outra maneira".