Pedro Passos Coelho acredita que OE 2016 ainda é irrealizável

25 de fevereiro de 2016
PSD

O Presidente do PSD afirmou hoje que “Infelizmente eu creio – e disse-o na Assembleia da República - que este Orçamento é, ainda assim, irrealizável na medida em que parte do pressuposto de que existe ainda um plano B que tem que ser preparado e adotado para que as metas que estão fixadas possam efetivamente ser atingidas, insistindo tratar-se de um “presente envenenado para os portugueses”.

Para o Líder Social-Democrata, que se encontra numa visita aos Açores, o Orçamento do Estado “quer criar a ilusão” de que o país pode “andar mais depressa na remoção de certas medidas de austeridade” que no passado permitiram ir equilibrando as contas, considerando que o Governo deveria, neste período, “amadurecer melhor a sua perspetiva sobre a estratégia orçamental que está a defender”, pois é “demasiado voluntarista”.

Pedro Passos Coelho disse hoje que a agência de notação financeira Moody’s considera o Orçamento do Estado para 2016 “mais realizável” do que o esboço apresentado antes pelo Governo socialista. “Aquilo que se passou é que a generalidade das agências de ‘rating’, bem como outras entidades como aconteceu em Portugal com o Conselho de Finanças Públicas, como a Unidade Técnica de Apoio Orçamental na Assembleia da República vieram dizer que o esboço do Orçamento que o Governo português tinha apresentado não era credível”, afirmou.

Para o Líder do PSD, “agora que o Governo o alterou e veio criar mais impostos e, portanto, oferecer mais garantias em como as metas seriam mais atingíveis, mais verosímeis, as empresas de ‘rating’ e, neste caso, hoje a Moody’s, veio dizer que acha esta proposta orçamental mais realizável do que aquela que o Governo tinha apresentado antes”.

Pedro Passos Coelho reiterou que “as intenções que tinham sido declaradas pelo Governo nem eram conformes ao Tratado Europeu, nem às regras do semestre europeu, nem ofereciam credibilidade externa ao país e, por isso, o Governo teve de alterar”.