PEC: “Não é mais do que uma tentativa de tentar limpar a trapalhada que o governo gerou”

29 de janeiro de 2017
PSD

O governo teve necessidade de cozinhar um plano B à pressa

 

Este sábado, 28 de janeiro, Marco António Costa declarou que “se a redução da Taxa Social Única (TSU) era tão relevante para a competitividade da economia, segundo os argumentos das confederações patronais, não se percebe como a redução do Pagamento Especial por Conta (PEC) em 100 euros anuais pode constituir uma solução de igual folgo para as empresas”.

 

Num artigo de opinião no semanário Expresso intitulado de “TSU e PEC: uma história mal contada”, o Vice-presidente do PSD assegura que o atual executivo liderado por António Costa não pensa no futuro do país, pondo mesmo em causa a confiança de Portugal junto dos parceiros internacionais.

 

O que tem feito o governo? Que mensagens transmite aos investidores? Em dezembro de 2013, o governo PSD/CDS-PP estabeleceu um acordo com o PS que permitiu estabelecer as bases de uma política fiscal de médio prazo que garantia uma redução gradual do IRC. Esta medida, que contou com o empenho e participação ativa dos parceiros sociais, teve um efetivo determinante no crescimento do investimento (FBCF cresceu 4,5% em 2015). E o que faz o governo socialista assim que assume funções? Rasga o acordo que antes assinou, por mera deriva ideológica, sem qualquer preocupação com as empresas, a economia e as consequências deste retrocesso para a confiança dos investidores”, disse explicando mesmo que “o investimento caiu (-0.7% FBCF), em 2016, como natural consequência da quebra de confiança nos investidores, gerada por esta decisão irresponsável”.

 

 

O Vice-presidente do PSD afirma também que o governo, pelo segundo ano consecutivo, “fixa o salário mínimo nacional em função dos seus compromissos políticos e não do real desempenho da economia. E para remendar esta decisão desligada da realidade económica, ofereceu às entidades patronais um desconto na TSU para aliviar as consequências nefastas na vida das empresas. Ao fazê-lo, não assegurou o apoio dos seus aliados partidários e, paradoxalmente, veio exigir da oposição que suprisse a quebra de lealdade política do BE e do PCP”.

 

Uma coisa é certa: se a redução da TSU era tão relevante para a competitividade da economia, segundo os argumentos das confederações patronais, não se percebe como a redução do PEC em 100 euros anuais pode constituir uma solução de igual folgo para as empresas”, declara.

 

Marco António Costa conclui afirmando que existe algo de estranho “nesta convergência entre governo e entidades patronais”. “Algo de maior relevância deverá estar a escapar ao radar da opinião pública”, assegura.

 

Leia aqui o artigo na íntegra.