PSD
Últimas notícias
PSD
PSD aprova 43 candidatos às eleições autárquicas
22 01 2025
PSD
Vitória da CDU vai abrir um “novo ciclo” na Alemanha
18 01 2025
Grupo Parlamentar
Governo vai aprovar 30 medidas fiscais para servir melhor os contribuintes e as empresas
15 01 2025
PSD
PSD vai ter um candidato presidencial que vai mobilizar Portugal
12 01 2025
PSD
Nota de pesar - Couto dos Santos
06 01 2025
A ministra de Estado e das Finanças reiterou a necessidade de o Estado português prosseguir com o esforço de redução do défice, para conseguir pagar a sua dívida aos credores externos, acrescentando que “este orçamento representa a determinação do Governo em terminar o programa de assistência económica e financeira em Junho de 2014”.
Explicando que “os ajustamentos agora introduzidos são indispensáveis para assegurar o futuro do País, garantindo que a situação de quase bancarrota que vivemos há dois anos não se repetirá”, Maria Luís Albuquerque afirmou que “a realidade é incontornável e é obrigação do Governo adaptar o orçamento ao País”.
Assim, “os sacrifícios pedidos serão os estritamente necessários” e “os salários e pensões serão ajustados, mas continuarão a ser pagos”. As medidas que compõem o Orçamento do Estado para 2014 foram “distribuídas com equidade, para salvaguardar os mais desprotegidos” e incluiu uma “redução na despesa pública”.
“Numa altura em que começam a surgir sinais positivos na economia portuguesa, é altura de insistir e não de recuar”, realçou Maria Luís Albuquerque, destacando algumas previsões do Governo para 2014: o Produto Interno Bruto (PIB) terá um crescimento de 0,8 por cento e a taxa de desemprego baixará para 17,7 por cento, mas, para cumprir a meta de 4 por cento acordada com a troika, o Governo terá de poupar 3900 milhões de euros.
“Uma vez que a carga fiscal já foi aumentada no Orçamento do ano passado, no OE 2014 o Governo centrou-se, sobretudo, na redução da despesa pública”, explicou a ministra, adiantando que “este programa deve desenvolver-se em várias frentes, norteado pelo critério da equidade inter-geracional e pela convergência entre os sectores público e privado”.
Tendo em conta que 70 por cento dos gastos do Estado são em prestações e em gastos com o pessoal, esta será a principal rubrica afectada: “Será aplicada uma redução remuneratória progressiva entre 2,5 por cento e 12 por cento, com carácter transitório, às remunerações mensais superiores a 600 euros de todos os trabalhadores da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado, sem qualquer excepção, bem como os titulares de cargos políticos e outros altos cargos públicos”, afirmou Maria Luís Albuquerque.
Maria Luís Albuquerque frisou que “quem tem menos não perde poder de compra, pois as pensões mínimas serão actualizadas” e “mantém-se ainda a contribuição extraordinária de solidariedade”.
Quanto a medidas sectoriais - que representam 1000 milhões de euros de despesa para o Estado - a ministra deu como exemplos: a redefinição dos processos na Defesa, a redução de transferências na Administração Local e a optimização de recursos na Saúde.
A outros agentes económicos serão pedidos esforços adicionais: as taxas sobre o álcool e o tabaco serão agravadas, o sector energético e a banca verão a sua contribuição aumentada, e os fundos imobiliários passarão a ser tributados.
“É dever do Governo garantir que as gerações futuras não serão prejudicadas pelos erros do passado. A conclusão do programa de assistência económica e financeira é o maior voto de confiança aos nossos parceiros internacionais, indicando ao exterior que Portugal está no trilho certo" o que "trará melhores condições de mercado para os bancos e para as empresas, relançando o investimento produtivo e fazendo crescer a economia no futuro, bem como o aumento do emprego. Assim abriremos espaço para medidas de incentivo ao crescimento, como é o caso da reforma do IRC”, concluiu.
Antes da apresentação, a ministra de Estado e das Finanças procedeu à entrega da proposta de Orçamento à Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.