«O maior banco de Portugal não pode viver num clima de suspensão»

18 de junho de 2016
PSD

Pedro Passos Coelho afirmou esta sexta-feira, 17 de junho, no decorrer de uma visita ao Brasil, S. Paulo, com empresários e membros da comunidade luso-brasileira que a constituição da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos "não depende da vontade da maioria do Parlamento. Ela pode ser formada por iniciativa do meu partido”, disse.

Um requerimento será ultimado nos próximos dias e a comissão vai ser formada ainda nesta sessão legislativa".

Pedro Passos Coelho declarou que o PSD defende a comissão de inquérito na CGD para gerar confiança dentro do sistema financeiro e sistema bancário português.

"O maior banco de Portugal não pode viver numa espécie de clima de suspensão. Essa ideia não vem sendo alimentada por mim ou pelo meu partido, mas pela comunicação social que está a passar notícias semanalmente que dão conta da necessidade de que haja uma capitalização muito avultada no banco".

O Presidente do PSD fez questão de negar a tese de que o banco está numa posição de grande fragilidade em função de práticas comerciais desenvolvidas nos últimos anos.

"Isto não é verdade. A única maneira de criarmos confiança no sistema e na própria instituição é pôr tudo em pratos limpos. Eu tenho pena que o Governo não apoie esta campanha. Mas já que isto não resulta de um intensão do Governo, o Parlamento tem a obrigação de o fazer".

"Temos a ambição de aumentar as nossas possibilidades de crescimento, mas precisamos de parceiros. Quando uma empresa não tem dinheiro para fazer investimentos, ela procura um sócio. No caso de Portugal, queremos sócios que acreditem na capacidade que temos para fazer dinheiro".

O líder do PSD afirmou que Portugal está numa situação melhor da que a que ele encontrou em 2011.

"As dificuldades forçaram-nos a olhar o mundo de forma diferente. Hoje temos um Portugal muito mais aberto e competitivo, que depende menos do Estado do que antes".

Pedro Passos Coelho também salientou que apesar de ser presidente de um partido que faz oposição ao Governo, os seus projetos não dependem do fracasso político daqueles que estão administrando o país.

"A política tem um papel decisivo num país. Nós podemos ter os melhores funcionários e as melhores matérias-primas, mas se não soubermos reunir estas capacidades não atingiremos os objetivos. As nações que têm grandes lideranças políticas são aquelas com maior desenvolvimento".

Durante o dia de hoje, o presidente do PSD vai encontrar-se com membros das comunidades portuguesas que vivem na cidade de Santos, município do litoral de São Paulo, e no Rio de Janeiro.